A MANTA DO GABRIEL

27.4.20
Esta manta já era para estar acabada antes do lockdown, mas aconteceram alguns percalços que me fizeram colocá-la de lado durante uns bons tempos: blocos que depois de unidos não acertavam bem (apesar de eu ter a certeza de os ter cortado com perícia) e pespontos mal feitos que me levaram a desfazer duas e três vezes o mesmo trabalho. Enfim, por vezes é assim, a coisa não corre tão bem e a minha solução pessoal quando isso acontece é colocar o trabalho de lado até a implicância passar e a inspiração voltar. Mas este fim de semana achei que já era hora de meter mãos à obra, afinal, o Gabriel já nasceu em Janeiro e da maneira que o tempo voa, qualquer dia a prenda deixaria de fazer sentido. Confesso que, quando arrematei o último ponto da manta e afastei-me alguns metros para observá-la, esqueci imediatamente as contrariedades iniciais e gostei do que vi : achei que resultou ter usado uma cor "mais séria" como o mostarda e tê-lo mesclado com verde água e rosa, e que a introdução de um tecido às flores numa manta destinada a um rapaz, tornou-se no elemento surpresa que diferencia a peça. 
E agora que tudo acabou em bem, estou super entusiasmada com o próximo trabalho: outra manta, do género desta, mas para uma menina! Não vou querer demorar 3 meses a fazê-la e não vou precisar me conter nem nas cores nem nos padrões. E quando não há condicionantes é tudo mais fácil...ou talvez não!

APESAR DE TUDO, É PÁSCOA...

10.4.20
Apesar dos pesares, da confusão que corre fora de portas, do tempo que não passa cá dentro, dos projetos adiados, das incertezas para o futuro, é Páscoa. É certo que as circunstâncias nos impedem de nos juntarmos com todos os que gostaríamos, mas também é verdade que podemos festejar com os que estão em recolhimento connosco e utilizando aquilo que temos em casa. Se procurarmos bem nos armários e gavetas, há enfeites temáticos que já serviram em anos anteriores, há aquele faqueiro especial, os copos que não usamos para não se partirem e os pratos reservados para os dias de festa. Há também flores falsas que alegram tanto quanto as verdadeiras. Numa das idas ao supermercado, basta adicionar ao carinho ovos grandes e não tão grandes, amêndoas e chocolates. O resto é vontade e imaginação, não fosse esta a época da celebração da alegria e da esperança!
O que fiz questão de usar nesta quadra, foi a toalha oferecida pela mãe de uma colega minha de escritório, feita a partir de um lençol de linho rústico do enxoval da avó. Pequeno para as camas atuais, ela cortou o tecido aos quadrados e uniu-os com crochet, até completar as dimensões da minha mesa. Sinceramente, dos presentes que mais me tocaram nos últimos tempos.
Também o bolo tem seu significado: foi feito, sob encomenda, pelo marido, e olha que eu sou exigente, até lhe apresentei foto inspiração!
Domingo, quando sentarmos à mesa, só deixarei 3 pratos, mas garanto que no nosso coração e em pensamento, seremos muitos, muitos mais.
Feliz Páscoa!
Quer ver outra mesa de Páscoa feita com carinho e com o que havia em casa? siga por aqui até ao lar da Lulu...

TREAT BAGS DE PÁSCOA NA PORTA DOS VIZINHOS

2.4.20
Enquanto as dificuldades continuam lá fora, dentro de portas a regra é aproveitar o tempo, que antes nos faltava mas agora, parece que não passa. Por essa razão, e também pela Páscoa que se aproxima, achei que seria simpático distribuir pelos meus vizinhos no prédio uma lembrança que remetesse à quadra e os fizesse sentir mais acarinhados, já que reunir as famílias, como é a tradição, será missão impossível este ano. Para isso, contei com a prata da casa, entre retalhos, fitas e outros enfeites, procurei moldes no pinterest e dei asas à imaginação, realizando uns sacos simples que pudessem comportar uns chocolates e alguns brindes alusivos à época. Por vezes pensamos que este tipo de lembrança é voltado para os mais jovens, mas posso dizer-vos que não. Os graúdos também acham graça e por isso mesmo, ninguém foi esquecido, e se alguns sacos são mais infantis e destinaram-se às famílias com crianças, outros saíram mais "sérios" a pensar nos mais velhos. Em tempo de distanciamento social, tive o cuidado de avisar os vizinhos por whatsapp que iria colocar os mimos à porta de cada um, e que tudo estava devidamente limpo e desinfetado. As reações não se fizeram esperar e é impressionante como gestos despretensiosos podem desencadear tão boas emoções! 

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