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TRANSFORMAR SEM ADULTERAR #2

14.1.20
Há praticamente 1 ano, mostrei-vos imagens de alguns "depois e antes" (sim, nessa ordem) de um projeto que estava a finalizar. Na altura a minha ideia era, passado algum tempo, exibir mais fotos que julgava eu, poderiam ser interessantes. Mas os meses voaram, a unidade em questão entrou em funcionamento, minha cabeça voltou-se para outras paragens e a intenção ficou por concretizar. Mas como nunca é tarde, penso que as adaptações da entrada do edifício, o destino da antiga cabine de elevador, a revitalização da escadaria central, as soluções encontradas para os corredores assim como a manutenção de móveis existentes nos pisos, originando quartos únicos, podem ser aspetos que vos inspirem de alguma forma. Preparem-se então para uma longa visita virtual...

No pórtico da entrada houve a preocupação de se anular os degraus existentes:

TRANSFORMAR SEM ADULTERAR #1

30.1.19
Nos últimos 2 anos tenho estado ligada à conversão de um edifício de habitação do início dos anos 60 em alojamento local. Tem sido um trabalho bastante intenso e desafiante o de transformar andares de 600 m2 (sim, 600, leram bem!) que foram construídos para famílias abastadas, com tudo o que havia de melhor e mais requintado à época, em 105 quartos consentâneos com a realidade atual e que cumpram as infindáveis regras do turismo. Como sempre, a palavra de ordem é manter, manter e manter, tudo o que de original o prédio tem. Desde às várias lareiras que existem nos pisos, às estantes que faziam parte das bibliotecas, aos pisos de madeiras exóticas vindas de África, às casas de banho austeras em pedra de alto a baixo, aos frescos que decoravam algumas das casas. Não vou ser exaustiva, pois não quero cansar quem me lê, e além do mais, as fotos dos "depois e antes" (eu prefiro essa ordem) são bem expressivas, apesar de nem sempre terem sido tiradas dos mesmos ângulos. Dois anos depois de ter começado a obra, parece que o fim está a vista, e a inauguração da unidade, para breve, e apesar da excitação para ver o produto acabado ser grande, o fato é que vou ter saudades. Este tipo de trabalho, de respeito ao património, de contornar o existente, trazendo-o para a atualidade sem desvirtua-lo, é sem sombra de dúvida o que mais gosto de fazer como arquiteta. Por trás destes ambientes, que foram fotografados por um profissional para a divulgação do alojamento, estão muitas pessoas que trabalharam junto comigo, das mais diversas áreas, com quem muito aprendi e cresci. Hão de reparar que coloquei no título deste post um #1, pois ainda quero mostrar-vos daqui a algum tempo, a transformação das partes comuns, da fabulosa escadaria central à pequena e charmosa cabine de elevador, que por ser tão diminuta, mudou de funções. Impossível mostrar ou explicar aqui todos os detalhes e pormenores interessantes que pautaram este trabalho, mas fiquem com uma ínfima parte que consigo partilhar, penso que vão gostar. Quem conhecer Lisboa, vai, na última foto, reconhecer o local e, se voltar a passar pela zona, consegue com certeza identificar o prédio.

A antiga sala de jantar, com lareira e nichos:

MISTURAR SEM PRECONCEITOS

22.9.14
A Lies é Italiana e o Mauro, Brasileiro. Conheceram-se em Portugal, onde moraram muitos anos até se mudarem para os EUA e daí partirem para a Indonésia. Em Lisboa conservaram sempre o apartamento. Já não os via há algum tempo e tinha-me esquecido de como a casa deles é diferente. Única mesmo, eu diria, pois ali não há modelos nem regras, as coisas e as pessoas simplesmente entram e arranjam um lugar. É a casa mais descontraída e aberta aos amigos, e aos amigos dos amigos, que conheço. Espelhando, e de que maneira, a ausência de rotina do casal, e a forma desembaraçada de como encaram a vida.
Na casa, tudo está à vista e ao alcance de todos. Livros, Cds e Dvds, quadros e posters, objetos e moveis trazidos daqui e dali, convivem sem inibições e não há a preocupação de manter tudo asséptico e arrumado. É esse caos (quase) controlado que me atrai e a meu ver, é também aí que reside o encanto da casa. Uma desordem que pode ser perturbadora para alguns, mas que no contexto e para quem conhece o casal, apenas transmite um estilo de vida sem preconceitos.

NADA SE PERDE E TUDO SE TRANSFORMA

11.4.14
Vamos passear por Lisboa, e ver o que há por aí de interessante e inusitado em espaços públicos, que prenda o nosso olhar e possa ser levado lá para casa?

A ideia não é nova, mas sempre agrada: no café do Teatro Rápido, ao Chiado, vive-se um ambiente retrô, e a mesa de centro são duas malas antigas sobrepostas. Atribui-se assim uma nova função a objetos que provavelmente estariam esquecidos num sótão qualquer.

UMA CASA INSPIRADORA

4.4.14
Gosto de entrar na casa dos outros e perceber que ela traduz a individualidade dos seus moradores. Que tudo é simples, mas é inspirador. Que ao longo do tempo se foram montando espaços com personalidade e memórias. Que nunca nada está terminado. Pelo contrário, há evolução à medida que a família cresce, as situações se alteram ou os gostos mudam. Que afinal não é uma casa, mas um lar. Porque tem vida interior, cheira a flores frescas, tem o novo e o antigo, herda e aproveita, junta afetos e arte, e tudo sempre com alguma dose de improvisação.

Nesta casa, a colcha transforma-se em toalha de mesa para receber os amigos,

CLARICE EM LISBOA

5.6.13
Gosto de exposições biográficas.
Ver,tocar,apreciar objetos que pertenceram a pessoas que admiramos pela sua vida ou obra,sempre me atraiu.
Não sei se é pelo gosto mais do que evidente que tenho por objetos usados,manipulados,que trazem e contam histórias,ou se pelo fato de sentir que pessoas ilustres ficam mais próximas de nós,se retratadas através dos seus pertences. Afinal tinham  (têm) família, frustrações, angústias, alegrias e preocupações do dia a dia. Como todos nós. Ou seja, são, antes de mais, pessoas comuns.

Clarice Lispector está em evidência na Fundação Gulbenkian. Cartas, fotos, frases, manuscritos, são mostrados ao público numa exposição que achei leve, suave, bonita e intimista.

Apesar da luz difusa e dos tons neutros,ou talvez por isso mesmo,senti-me bem nos ambientes,quase como se estivesse na casa da escritora.Surpreendeu-me esta sala que remete a um arquivo.Um tanto ou quanto soturno,misteriosa,com gavetas à espera que alguém as abra.Elementos repetidos à exaustão.



A sala seguinte também foi para mim,inesperada:apenas uma tela onde passa a única entrevista que Clarice deu a uma televisão,um sofá,o pormenor do tapete,uma máquina de escrever e mais uma vez todo o dramatismo da iluminação.Dá vontade de ficar,e de ouvi-la,pois aqui,ela conversa com a visita.

Soturno? concordo. Opressivo? talvez. Monocromático? sem dúvida. Diria até mais:  minimalista e algo claustrofóbico. Mas bonito na simplicidade.
E eu que me identifico com cores fortes,luz natural abundante, espaços exageradamente escancarados, experimentei aqui uma estranha sensação de tranquilidade.E de proximidade.
É de se tirar o chapéu quando uma exposição vai mais além do que uma simples mostra,e consegue transmitir através de um cenário, uma atmosfera enigmática, caracterizando tão bem a personalidade da homenageada. Afinal, Clarice Lispector não é fácil de se entender.


MANHÃS DE DOMINGO

14.4.13
Quem me conhece sabe que sou uma entusiasta do desporto em geral e da corrida em particular.Que dos joelhos para baixo tenho N lesões que vão e que vêm e que vou gerindo como posso,mas que nunca deixo de correr.Que é bom para o físico,mas é melhor ainda para a mente.E é um tempo só para mim,em que estou sozinha no meio da multidão.
O meu domingo,chova ou faça sol,e seja a que horas for que me tenha deitado na véspera,começa assim:



-Camisola


-Calções


-relógio com GPS (opcional)


-Ipod ( imprescindível )


-ténis




Os meus ténis não tiram férias...nem nas férias.Pelo contrário,nessa altura os kms  multiplicam-se.


Para quem,como eu,é uma pessoa completamente urbana,não há forma melhor de conhecer e apreender uma cidade.E faço-o por onde quer que passe,não importa as condições:32 graus às 6 da manhã (desgastante),frio de 0(doloroso começar),a chover(melhor sensação de sempre,lava a alma).
Todas as cidades transformam-se para mim em pistas de corrida,com percursos mais ou menos bonitos,mais ou menos interessantes,mas todas sempre com qualquer coisa para oferecer.É assim que muitas vezes,em viagem,descubro coisas e lugares que não vêm nos guias.

E Lisboa,como não podia deixar de ser,não fica atrás.Correr à beira do Tejo,é juntar o clima ótimo que conhecemos,à luz única desta cidade,ao brilho do rio,à paisagem e aos monumentos.
Vale a pena este percurso que repito bastantes vezes:










Depois de quase 6 km,coragem!é hora de voltar e completar pelo menos 12!


UMA JARRA DE FLORES,JARDIM EFÉMERO

12.2.13
Para quem mora em países onde existe inverno,não há a mais pequena dúvida:ter um vaso de flores por perto,alegra instantaneamente o ambiente e é um bom remédio para esquecer que lá fora faz frio e os dias cinzentos parecem não ter fim.

A Teresa,é a minha fornecedora oficial desse pequeno e efémero oásis.
Encontro-a aos sábados de manhã,sempre bem disposta,no jardim da Parada,em Campo de Ourique,onde orgulhosamente monta a sua banca há mais de 30 anos.
No bairro,ela é uma referencia.Trata as freguesas por "menina" e vai aconselhando:com ou sem ramagem;leve as que estão em botão que duram mais;não se esqueça de pôr um bocadinho de açúcar na água; vá cortando o pé..... 

Manhã fria de Fevereiro, mas com o sol a despontar


Para acomodar as flores da Teresa,há muito que aposentei as jarras tradicionais.Prefiro lançar mão do que os outros descartam.
Fica uma dica: quando entrarem em casas devolutas,mas onde morou alguma família por décadas,abram sempre os armários da cozinha(também válido para os armários da avó,sogra,mãe,tia solteirona e afins).É lá que vão encontrar peças desirmanadas,descoloridas,craqueladas,com bocados partidos,que por aparentemente não ter serventia, as pessoas deixam para trás.
O bule pequenino tem a particularidade de ter a asa de lado.Não me parece funcional mas é lindo.
Mais moderna.Anos 70 talvez.Leiteira ou jarro de água,não sei.
Quando o ramo é grande vai para o pote de farinha,café,grão,ou açucar assucar
Two more:bules sem tampa,órfãos do resto do serviço.Desenho típico da Vista Alegre dos anos 50. 

OOPS!! RASGARAM O PRÉDIO DO LADO....

16.1.13
...É o que parece que aconteceu quando se olha para a fachada deste prédio.
Mas até que ficou original, o que acham?


De frente
Zoom in
 De lado

EXPOOOOWSIVO!!!

28.12.12
A imaginação não conhece limites.
Feliz último fim de semana de 2012 e um 2013 explosivo para todos!


CHÁ DAS CINCO...

21.12.12
Entrar na sede da Sociedade de Beneficência Brasileira, à Travessa Enviado de Inglaterra,é fazer uma agradável viagem no tempo.
Apesar do prédio onde se situa ser centenário, e ter lá as suas(muitas) mazelas, no interior tudo está intacto, e conserva o charme de outrora.Mas o que sem dúvida transpira dos ambientes, é a motivação, cuidado, dedicação, e o trabalho voluntário de um grupo de senhoras,inspiradas pela determinação da minha amiga Lili.
Fiquem com as imagens de um chá de Natal,que aqueceu os corações num final de tarde frio em Lisboa.

Sob os olhares austeros dos sócios honorários
Loiça da Fábrica de Sacavém,cuidadosamente disposta
Saborosos quitutes da Lili
Árvore de Natal com genuína pegada Vintage




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