PROCURA-SE ESPELHO

30.4.13
Sei que são tendência,que se bem utilizados ampliam o espaço e que,se posicionados de forma correta até podem dar melhor aproveitamento de luz.
Mas o que é fato,é que sempre tive problemas com espelhos:se são novos,não me agradam.Se usados,a minha impressão é que já "viram" muita coisa.

Sempre à espera da peça ideal,num temporário que se foi tornando definitivo,passei anos(bem mais de uma década)sem espelho na casa de banho social.
Este era o aspeto da casa de banho,quando vim morar para esta casa.O mais puro assustador/estilo/tendência dos anos 90:esponjado azul bébé,conjugado com um stencil(vê-se uma ponta na foto)que lembrava o desenho e o tom dos azulejos antigos,produto de uma demolição.Para completar o cenário,usei o lavatório dessa mesma demolição,e por cima dele,ainda coloquei um misto de prateleira/toalheiro desenhado por mim,do qual já não reza a história nem tenho imagem,pois na foto abaixo,e num ato de desespero,já me tinha livrado do dito e colocado os 2 cabides visíveis à esquerda. 
Portanto esta foto foi tirada há cerca de um ano,numa altura de transição....
...quando tentei um extreme makeover para este espaço:cimento afagado nas paredes;iluminação  antiquada de spots de halogéneo no teto substituída por pendentes com leds;os tais cabides velhos,e um molde para finalmente,começar a pensar num espelho.
As luminárias,de modelos diferentes,tinha-as guardadas,só precisei fazer os suportes para as electrificar.E quanto ao espelho,a ideia era arranjar uma moldura antiga,e lacá-la de beringela,para quebrar o classicismo do conjunto e dar uma cor extra. Mas tal não aconteceu....
...porque numa viagem a Veneza,e depois de eu lhe ter pedido especificamente para não me trazer nada,o marido veio com este espelho,e ainda o pendurou,à revelia.Ok,não desgosto,é até simples no seu estilo,mas não era o que eu pretendia.Plano B : frase em giz, para dar um certo humor e o descontrair.
E aí está,enquanto não vem o beringela,e o veneziano não encontra o seu lugar noutra parede da casa.
 Mais alguns objetos desta casa de banho,podem ver neste post.






OBJECTO(S) PREFERIDO(S)

23.4.13
Esta semana li uma matéria numa revista online,em que perguntavam a pessoas conhecidas,qual o objecto preferido das suas casas.
As respostas foram variadas e surpreendentes:desde à banheira que remete à descontração,passando por um certo livro ou um determinado disco de vinil,chegando à companheira grávida(!),tão bela que o "impede de apreciar tudo o resto" e à mesa da cozinha "sempre farta,de toalha estampada".
Nunca tinha pensado nisto.Mas há duas coisas,que se eu mudasse de endereço,levaria comigo:a luz de minha casa e a mesa da sala.

A primeira porque inunda os interiores,sem pedir licença,desde de manhã até que a noite chega.

A segunda,porque é única,tal como cada um de nós.
Feita de tábuas de um antigo soalho,com nós,imperfeições e muitas marcas do tempo.
Estrias que me obrigam a cuidados especiais:encerá-la e aspirar as migalhas que se perdem nos sulcos.É da sua simplicidade que eu gosto,é o que lhe dá beleza e uma identidade muito própria.






RAIO DE SOL

18.4.13
Não passo o inverno todo a torcer para que chegue o sol.Nem sou das que deprime porque faz frio ou chove.Definitivamente São Pedro não condiciona a minha vida lá fora.E acreditem,passo muito tempo exposta:além de gostar de corrida de rua,a bicicleta é o meu principal meio de transporte.Agora,imaginem os banhos que tenho apanhado nestes últimos meses! 
Mas esta semana,foi muito bom voltar a ver o claro escuro lá em casa.Há quanto tempo isto não acontecia?5 meses?talvez...
Não sei se é para ficar ou não,mas que seja eterno enquanto dure....

MANHÃS DE DOMINGO

14.4.13
Quem me conhece sabe que sou uma entusiasta do desporto em geral e da corrida em particular.Que dos joelhos para baixo tenho N lesões que vão e que vêm e que vou gerindo como posso,mas que nunca deixo de correr.Que é bom para o físico,mas é melhor ainda para a mente.E é um tempo só para mim,em que estou sozinha no meio da multidão.
O meu domingo,chova ou faça sol,e seja a que horas for que me tenha deitado na véspera,começa assim:



-Camisola


-Calções


-relógio com GPS (opcional)


-Ipod ( imprescindível )


-ténis




Os meus ténis não tiram férias...nem nas férias.Pelo contrário,nessa altura os kms  multiplicam-se.


Para quem,como eu,é uma pessoa completamente urbana,não há forma melhor de conhecer e apreender uma cidade.E faço-o por onde quer que passe,não importa as condições:32 graus às 6 da manhã (desgastante),frio de 0(doloroso começar),a chover(melhor sensação de sempre,lava a alma).
Todas as cidades transformam-se para mim em pistas de corrida,com percursos mais ou menos bonitos,mais ou menos interessantes,mas todas sempre com qualquer coisa para oferecer.É assim que muitas vezes,em viagem,descubro coisas e lugares que não vêm nos guias.

E Lisboa,como não podia deixar de ser,não fica atrás.Correr à beira do Tejo,é juntar o clima ótimo que conhecemos,à luz única desta cidade,ao brilho do rio,à paisagem e aos monumentos.
Vale a pena este percurso que repito bastantes vezes:










Depois de quase 6 km,coragem!é hora de voltar e completar pelo menos 12!


DIZ QUE É UMA ESTANTE

9.4.13
Quem desse lado não dá tudo por um bom antes e depois?
Eu sou viciada,portanto vamos a mais um:
Quem costuma passear-se pelo blog,já deve ter lido que tenho uma cunhada que é uma das minhas principais fornecedoras de descartes.Este móvel foi mais um deles,e segundo explicou-me,servia para guardar livros de culinária na cozinha da antiga quinta da família.
E seguiu para mais uma missão(possível)confiada a quem faz magia com os pincéis e as cores,Isabel Rocha Leite,sobre quem já vos falei aqui.
Ei-lo,já de roupa nova,bem disposto e divertido...
....que não,não é um quarto de crianças e sim de 2 jovens adultas TÃO tipicamente desarrumadas,que nem dá para mostrar o resto.



MISTURAS IMPROVÁVEIS

4.4.13
Confesso que fico nervosa com uma parede vazia:não sei se espete um prego e corra o risco de me arrepender;se o que pretendo pendurar vai encher a parede ou perder-se nela;nem tenho mesmo a certeza se afinal é aquilo que quero definitivamente ver ali.
Enfim,dúvidas existenciais que durante anos levaram-me a ter os quadros pousados nos moveis ou no chão,encostados às paredes,em espera...E garanto-vos:não o façam,isto só funciona em casas de revista.Na prática,acumula pó,os quadros caem para trás dos moveis,baldam-se para a frente,lascam-se as molduras.Um martírio!
Até que cuscando daqui e dali,descobri a ideia(aparentemente nada original,mas nova para mim)de juntar peças diversas numa só parede,e isso agradou-me!
Ensaiei no chão uma mistura que combinasse,passei a composição para a parede,e experimentei uma total liberdade que me possibilita inclusive acrescentar mais tarde alguma coisa nova.
E aqui estão,objetos colocados em molduras,pinturas originais de Fabesco,Albino Moura e da ilustradora Evelina Oliveira,lado a lado com fotos de família,desenho do filho,pratos,gravuras,cabide antigo,etecetera,etecetera...
Mistura do moderno com o antigo,do barato com o caro.Coisas que comprei,herdei,ofereceram-me ou encontrei por aí,numa combinação improvável!
                           


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