12 ANOS

30.11.24


Parece que foi ontem mas já lá vão 12 primaveras! Este ano vim cá menos vezes do que aquilo que pretendia. Não é que não tenha feito coisas, que não queira estar mais presente ou que as novidades não abundem. A desculpa é a de sempre: o tempo não dá para tudo e eu que em termos de organização não sou exemplo! Também tive uma vida mais corrida neste ano de 2024, duas filhas casaram no estrangeiro com todos os preparativos e viagens envolvidos e um projeto grande que durante meses tomou boa parte da minha atenção e dedicação. No entanto, uma coisa é verdadeira: posso vir poucas vezes, mas quando me veem no blog, podem ter certeza que é com todo o meu carinho, empenho e vontade de vos inspirar. Não sou de criar expetativas, mas 2025 promete: finalmente as obras desta casa acabaram, então muitas ideias giras vão aparecer por aqui! stay tuned

E como aniversário sem prenda não existe, se for seguidor(a) e comentar aqui em baixo até dia 07 de Dezembro próximoesta necessaire tamanho XXLcheia de cor e boa disposição pode ir aí para casa! Dia 08/12 publicarei o resultado. Vamos deixar uma palavrinha e cruzar os dedos?



DE MÓVEL CONTADOR A CÓMODA ALTA

11.10.24
Há uma característica em mim que considero um defeito, não é grave mas por vezes, ao contrário do que à priori se possa pensar, limita-me: nos meus trabalhos, sejam eles qual forem, não gosto de repetir cores, padrões, blocos (no caso do patchwork) ou processos. O que me agrada é a novidade, o tentar algo diferente, aprender novas técnicas, ou seja, por mais contraditório que pareça, o desconhecido não me assusta, o que me desmotiva mesmo é a segurança daquilo que já conheço. Isto para dizer que repetir a mesma cor em dois moveis diferentes parece-me redutor e sem criatividade, mas desta vez não tive escolha: a lata de tinta pela metade jazia na dispensa, era exatamente o tom que se encaixava no contexto onde iria ficar o móvel e last but not least, existia o fator pressa que não me permitia grandes divagações nem inovações. No fim do trabalho, agradou-me a forma como ficou a peça, apesar de apenas ter levado um belo banho de chalk paint Paprika red (sim, aquela já usada aqui) e de ter sido completamente despido da over dose de ferragens barrocas que ostentava, dando lugar a uma mão cheia de puxadores minimalistas. Gavetas forradas nos mesmos tons e eis que surge uma cómoda, na minha opinião, bastante vistosa e cheia de personalidade, pois o vermelho, por mais que se queira, não consegue deixar ninguém indiferente!

NEW LOOK PARA CADEIRA ENCONTRADA NA RUA

9.9.24

Parece que a minha sorte de esbarrar em peças interessantes na rua estendeu-se ao marido, que um belo dia apareceu-me com esta cadeira em casa. A peça estava extremamente ressecada e com o estofo tão imundo que ele próprio calçou umas luvas e tratou de arrancar o assento, não fosse este estar infestado de bichos. O que me encantou na cadeira desde o primeiro momento, foram as suas curvas que me remeteram de imediato à estética dos moveis Thonet que tanto gosto. Uma sinuosidade suave que lhe confere uma personalidade ímpar. O processo de restauro foi simples mas um tanto ou quanto trabalhoso: Numa primeira fase tratei de arrancar o resto de estofagem que ainda permanecia e extraí da cadeira seguramente mais de 200 pregos que tinham servido para agarrar assento e encosto à estrutura. Seguiu-se uma segunda etapa onde lixei a madeira até à exaustão. Depois destas tarefas, tratei de consertar as mazelas que felizmente eram poucas: colar aqui e ali e disfarçar dois defeitos nos braços. Veio o acabamento que é sempre a parte melhor e mais relaxante e apliquei-lhe uma goma laca que lhe conferiu um tom mel lindíssimo. Por último foi escolher um tecido que realçasse mais ainda a beleza da cadeira e optei por um de padrão geométrico com um ar a lembrar o art deco e que, na minha opinião, foi a cereja no topo do bolo!

Carácter, individualidade, originalidade e presença seriam as palavras que eu usaria para descrever esta cadeira. Adicionaria ainda, conforto!

BANCO VIRA MESINHA DE CABECEIRA COM CANDEEIRO INCORPORADO

5.8.24

Duas situações inspiraram-me para a transformação de mais um banco antigo de cozinha: a sorte de volta e meia choverem banquinhos na minha horta e o fato de precisar desesperadamente de uma mesa de cabeceira que coubesse num vão de 30 cm. Depois de navegar horas a fio em lojas online à procura de algo pequeno que não só preenchesse o espaço em causa, mas também conferisse ao ambiente uma ideia de conforto, estilo e criatividade ao deitar (sim, sou exigente), lembrei-me de 3 bancos, coçados e gastos, que jaziam há tempos na arrecadação. Quando comecei a trabalhar num deles, a minha ideia era ser eu própria a eletrificar o banco, mas cedo vi que tal empreitada tinha dois problemas: levaria um tempo de projeto e execução que eu não tinha e nada me garantia que fosse bem sucedida na intensão. Passei então para um plano B que no final revelou-se bem simples: decapei o banco e abracei a sua madeira natural assim como todas as suas imperfeições e rusticidade. E como recuei na pretensão de me estrear como eletricista, comprei aqui um candeeiro lúdico e divertido, que parece estar sentado em equilíbrio periclitante, mas na realidade foi aparafusado ao tampo. Personalizei-o com um abajur mais colorido e.....nada mais! o resto é brincar com as perninhas do boneco que servirão para apoiar óculos, o livro da vez ou o telemóvel.

VIDA NOVA PARA UM APARTAMENTO SEM GRAÇA

1.7.24

Na minha vida de arquiteta acontece bastante o seguinte: entro num apartamento nem tão apertado assim, mas entupido de móveis, com os estores a deixar passar apenas uma nesga de luz e um quase nada de ventilação, e imediatamente ponho-me a imaginar como o mesmo se transformaria se o mobiliário obsoleto saísse, uma ou outra parede fosse abaixo e as persianas subissem completamente deixando a claridade entrar a rodo. Se por vezes saio desses mesmos apartamentos para nunca mais lá voltar, de outras é-me dada a oportunidade de operar essas mudanças! E quando chego ao fim de meses de trabalhos, pontuados por alguns revezes, mas também por gratas surpresas, concluo inevitavelmente que o mérito nunca é meu e sim do próprio imóvel, que ali jazia, cheio de potencial, apenas à espera de alguém que suba os estores, derrube uma parede e ouse com alguma cor. Nas próximas imagens vão ver como um andar de três divisões tornou-se num 2 quartos com sala e cozinha integrada e para aqueles que, como eu, gostam MESMO deste tipo de assunto, deixo, no final do post, plantas muito simples do antes e depois das obras para uma melhor orientação. Como extra, sugiro que espreitem aqui e aqui duas peças transformadas de propósito para esta casa. Enjoy!



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