É a primeira vez, desde que comecei a escrever neste blogue, que não posto a mesa de Natal no dia 24. Tentei, mas o tempo não estica e nem dá para tudo. E é quando não consigo cumprir os meus objetivos, que paro um pouco para pensar, e faço uma nota mental para no ano seguinte começar a tratar de tudo com mais antecedência. Só que um ano depois, imponho-me sempre mais umas quantas tarefas, coloco imensa pressão em cima de mim mesma e tenho dias absurdamente carregados até chegar à véspera do Natal: escolher ou fazer o presente ideal para cada um faz-me "perder" bastante tempo, de há uns anos a esta parte evito usar papel nos embrulhos o que me obriga a fabricar sacos e etiquetas em materiais que possam ser reutilizados (geralmente tecido) e empenho-me bastante na decoração da casa. tentando sempre que esta siga um tema, uma paleta de cores ou tenha pelo menos coerência no seu todo. Já várias vezes apanhei-me a pensar se este esforço vale a pena, se terá sido alguma vez apreciado e se não deveria simplificar e até mecanizar tudo de uma próxima vez. Até que há uns dias li uma constatação que me tocou: alguém dizia que só em adultos percebemos que por detrás de toda a magia do Natal que sentíamos em criança, estava uma pessoa que gostava muito de nós. E veio-me à memória um tempo longínquo em que a minha mãe não evitava esforços para surpreender a família, em que com pouco recursos, havia encantamento, luzes e ambiente feérico na sala lá de casa. Em que meu pai trazia sempre a árvore maior e mais bonita que encontrasse e o recheio do peru tinha um aroma e um paladar tão especiais que nunca conseguiu ser superado. Sem falar nos presentes trazidos pelo Pai Natal que apareciam aos pés das camas das filhas na manhã do dia 25. Tudo isto era preparado com carinho e feito com amor. E caiu-me a ficha. Não é preciso um apreço verbal: se ficar na memória e trouxer daqui a muitos anos boas e ternas recordações, a ponto de nos fazer sorrir, terá valido mais do que a pena.
Feliz Natal. Feliz Ano.
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Bom dia amiga,
ResponderEliminarEntendo te tão bem quando dizes que por vezes não haver aquele apreço verbal faz nos pensar.
Ainda ontem de manha e no rescaldo da noite de 24, levantei me cedo fiz uma mesa bonita e um pequeno almoço daqueles, ao gosto de todos.Deu me trabalho e ainda pensei se iriam apreciar tudo, as palavras foram poucas mas vi na cara deles que estavam satisfeitos.
Alguma coisa há de ficar ,tal como eu tenho na minha memória tudo o que a minha mãe fazia quando eramos crianças.
A tua casa está um mimo, adoro todo o cosiness do teu AP.Laurinha de fundo, a árvore ligada , que maravilha.
A mesa está linda como sempre, as botinhas de Natal um mimo (hohohoho) e os pratinhos com os esquilhos são tão fofinhos.
Que sejam dias de esperança renascida, saúde pra todos
bjs
Lulu
Não estava a pensar na pessoa por trás da magia do Natal desta forma tão direta, mas pensava na pessoa ou nas pessoas em geral que se dedicam à arte de decorar, de enfeitar os espaços e de nos abrir os apetites com iguarias irresistíveis e dizia para mim: se quem faz está feliz, que importa o resto? No fim de contas bate no mesmo, acho que gostas muito do que fazes e gostas muito de nos mostrar, de partilhar, então venha daí a festa! Na minha terra dizia-se, acho que ainda se diz, que o melhor da festa é esperar por ela. :) Gosto muito das tuas decorações tão reveladoras do carinho, da magia, da cor, da luz, da inspiração, da alegria, da felicidade e do trabalho. E sorrio! Penso: que trabalheira, eu não tinha tanta pachorra! E continuo a sorrir. Afinal esse espírito natalício passa pelas teclas, pelos monitores e é impossível ficar indiferente. Obrigada pelas lindas fotos e pela partilha das tuas doces recordações. Eu tenho outras bem diferentes, as melhores são as que vivencio na tranquilidade do meu lar e muito fora do reboliço que vejo através da janela.
ResponderEliminarBeijinho grande, continuação de dias muito felizes!
Val, ficou linda sua mesa e sua decoração.Se nota o carinho em cada detalhe que foi preparado.E esse presépio muito original.Eu também "perco tempo" com o Natal...rsrs...,mas tenho certeza que geramos memórias afetivas, pois meus filhos que nem tem filhos relembram. Deram boas risadas durante a ceia, lembrando as histórias.Besitos
ResponderEliminarTens toda razão;as memórias é que hão de permanecer e fazer brotar um sorriso sincero.Saúde e paz a todos!
ResponderEliminarDe certeza que ficam boas memórias para mais tarde recordar e os presentes feitos com carinho, lá estarão para sempre e quando se olham trazem boas memórias. De certeza!
ResponderEliminarFELIZ 2022!
Que seja um bom ano e traga muitas coisas boas!
Muita saúde!
Beijinhos:))
Val, eu sinto exactamente o mesmo! E sei que um dia os meus filhos vão lembrar os natais cá em casa, e a mania que a mãe tinha de enfeitar as mesas! Um xi-coração.
ResponderEliminarP.S. Este natal não consegui passar no Cem Manias...
Simplesmente maravilhosa sua reflexão, Val. Desejo um 2022 incrível pra vc, que jamais perca esse seu olhar e potencial de tornar tudo especial. Beijão
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