Porventura ainda não. Talvez sobre mais uns dias. Vai depender disto, daquilo e daquilo outro. Logo se vê.
Mas Fortaleza, cidade de onde é originária e mora parte da família, ficou para trás.
Fortaleza é um paraíso para o turista: calor o ano inteiro, praias lindas, mar a perder de vista, água quente. Serras. Festa, muita festa. Frutos exóticos deliciosos, culinária diversificada. Enfim, quem visitar, tem diversão garantida.
Mas eu não sou turista. Tão pouco sou nativa, para usar um termo caro ao meu pai.
E tenho dois defeitos (juro que faço um esforço para mudar): não sou fã de praia nem grande amiga do calor!
Então tenho uma maneira muito própria de viver Fortaleza: acordo quando a cidade acorda.
E assim não perco a melhor parte do dia
Levanto-me sempre com o nascer do sol, e vou correr à beira mar.
É ali e aquela hora que muita coisa se passa.
Chegam as jangadas coloridas, carregadas de peixe, e os pescadores usam troncos e a força braçal para colocar as embarcações na praia.
Surge o rapaz do côco, aparece o vendedor de fruta e o dos chapéus de palha. O Tarcizo espera pacientemente, com seus modernos óculos espelhados, os primeiros clientes do dia. Descasca-se e escolhe-se feijão verde. A velha senhora toma o sol da manhã mas previne-se com a sombrinha rosa. E se estivermos atentos, frases aparentemente banais, dão-nos o que pensar.
A carrinha pão de forma apregoa as famosas e belas praias do litoral Cearense, enquanto os guardas zelam pela segurança dos turistas. O Dédé exibe com orgulho o seu patriotismo mas avisa que não vende fiado. E as rendeiras começam a expor os seus trabalhos.
É muito cedo e a praia ainda está deserta, mas no mercado do peixe a azáfama já é grande. Os merendeiros, são figuras típicas que com a bicicleta carregada, oferecem café fresco, sumos e tapioca.
É esta a minha Fortaleza preferida. Quando se misturam pessoas, sons, cheiros e cores, mais um dia começa e o sol ainda não é tão quente.
E nunca levo saudades quando parto, pois acho que volto, e que ela vai estar ali, como sempre, imutável, à minha espera.
Que imagens lindas! Que terra linda!
ResponderEliminarSê bem vinda.
Bjs
Bom ter vc de volta, Val:)Ahh que saudade da minha Fortaleza, amei as fotos;)
ResponderEliminarBeijos e boa semana!
Oi, Val, gosto disso também: entrar no ritmo do lugar onde estou, tentar sentir o cotidiano das pessoas. Fortaleza é linda demais, um mundão de cores. É tão bom os olhos verem coisas diferentes, né, a gente vai aprendendo um monte pelo caminho. Beijo grande em vc!
ResponderEliminarOlá Valéria,
ResponderEliminarQue fotos maravilhosas!
Ainda bem que as tuas férias correram bem.´
É muito bom que estejas de volta.
Bjs,
MJ
Apetece ir já a correr para o Brasil.... Bjinho, tudo de bom!
ResponderEliminarHola Val usted de que país es Brasil o Portugal ????
ResponderEliminarPortuguesa, filha de Brasileiros!
EliminarEntão vc esteve por aqui, no Brasil? Que bacana! Não conheço Fortaleza mas acho que já gosto depois desse texto lindo, cheio de fotos encantadoras. Estou encantada com o último parágrafo, quando diz que não leva saudades: que lindo modo de encarar as coisas!
ResponderEliminarBjs
Fotos lindíssimas com muita alma(p s também gostei das pernocas ;)
ResponderEliminarEu também não gosto mt de calor , e praia é só no fim da tarde ,detesto assar ao sol.
Seja muito Benvinda á blogosfera
bj
Lulu
Qualquer dia tenho mesmo que arranjar alguém que me tire uma foto em condições em vez destas coisas esquisitas da cintura para baixo ! mas aceito o elogio!!
EliminarOlá Val. Parabéns pelas fotos, ficamos com uma pequena ideia de Fortaleza e das suas vivências diárias. Bom regresso de férias. Bjos. Evelyne
ResponderEliminarOi minha querida Val, eu sou do Rio e nunca fui em Fortaleza, eu não gosto muito de praia, prefiro ir para a serra,ficar em lugar sossegado, mas quem sabe um dia eu vá conhecer esta beleza de lugar, parece ser tudo muito lindo. Que bom que foi tudo perfeito para você, mas voltar para casa tbm é sempre muito gostoso. Um bj no seu lindo coração.
ResponderEliminarVal, sua interpretação do meu texto foi muito correta. Foi exatamente o que quis dizer: falta a gente reparar em tanta coisa, desde o caminho rotineiro de casa e até nas pessoas. Sabia q vc me entenderia...
ResponderEliminarBjs