Dentro de alguns dias, parto. Ou melhor, partimos. Uma oportuna super promoção da TAP fez-nos comprar por impulso passagens para Toronto e Boston. Claro que pesou, e muito, o fato da minha filha estar a fazer um estágio a poucos quilómetros de Boston. Não vejo a hora de descontrair, receber novos estímulos, colher inspirações, absorver referências e abraçar a minha filha depois de quase 6 meses. No entanto, os dias que antecedem uma partida são sempre de ansiedade, originada pelo misto da vontade de zarpar com a necessidade de deixar o trabalho organizado. Andava eu a riscar tarefas da minha check-list quando a minha irmã pede-me que lhe faça alguma coisa para ela oferecer a um jovem casal. Se o tempo já estava curto, encolheu um pouco mais, mas pedido de irmã mais velha é ordem. Sim, ela não sabe, e é melhor que continue na ignorância, mas ainda mantém essa ascendência sobre mim. Cansada e com a criatividade a pedir socorro, fiz uns individuais de um patchwork simples e que não me obrigasse a pensar (muito). Para inovar em qualquer coisa, e fazer bonito com a irmã, acrescentei umas gregas, comprei guardanapos na Zara Home, que enfeitei com um crochet de principiante, e para o kit seguir completo, não esqueci os porta guardanapos. E agora é tempo de pausar. Não para desconectar, que eu não me vejo isolada do mundo, mas para fazer um restart pessoal!
ELA É LINDA SEM MAKEUP
14.6.17
Nos anos 70, os meus pais tinham o costume de levar as filhas aos jardins do Inatel de Oeiras. Aos domingos, depois do almoço, eles tomavam um refresco e apanhavam sol, enquanto nós corríamos e brincávamos por ali. Eu era criança, muito criança mesmo, mas se havia alguma coisa que me chamava a atenção no Inatel, era as cadeiras e mesas de ferro da esplanada. Gostava do desenho em leque das costas, das almofadas vermelhas nos assentos e dos pés, que mais tarde vim a saber tratarem-se de hairpin legs (ou pés "grampo de cabelo"). E, acreditem ou não, já adulta, sempre que passava a pé pelo complexo do Inatel, parava, só para contemplar o mobiliário de exterior. Era uma fascinação! Há uns meses atrás, ao chegar a Oeiras, a casa de uma amiga onde nos reunimos 1 vez por mês para fazer patchwork, deparo-me com a cadeira do meu coração à porta do prédio! Venho a saber que pertencia à vizinha de baixo, que num processo de mudança de casa, descartava na calçada o que não lhe interessava levar. Nessa hora fiquei genuinamente feliz e só pensei na pessoa de sorte que sou. Não vão ver uma grande transformação na cadeira, apenas tirei-lhe a tinta velha, tratei a ferrugem e espetei-lhe com um mega almofadão. Embora não aparente, foram horas à volta dela e apesar do aspeto usado, a cadeira está suave ao toque e linda, linda como sempre!
CADEIRA CAMPBELL´S
5.6.17
Já não sei como me veio parar às mãos esta cadeira, mas achei que mesmo sem ser bonita nem tão confortável, teria um feitio bastante adequado para que eu estampasse nela a famosa lata de sopa Campbell´s. O movimento Pop Art, com suas cores intensas e linguagem figurativa, é um estilo que tem tudo a ver comigo e que mesclado a uma peça mais clássica, consegue imprimir-lhe uma personalidade gigante. A transformação é tão inesperada que é capaz de surpreender até os mais incautos! Já tinha experimentado a técnica aqui e não se preocupem que não pretendo "popartar" a casa inteira mas sim partir para outros voos que incluam a pintura figurativa nas suas mais variadas vertentes!

(RE)usar (RE)aproveitar (RE)inventar
29.5.17
Perdoem-me, sei que este tipo de post não é dos mais populares no blog. Mas eu gosto de trazer para cá ideias que observo pelas ruas pois, confesso, fascina-me ver um objeto do dia a dia utilizado de forma diferente. O "reuso" é uma descoberta constante, é olhar para o que já existe e a partir daí tecer infinitas possibilidades de transformação e transportar esses novos conceitos para casa, sem medos.
Gavetas usadas como nichos ou às quais se acrescentou uns pés para transformar em mesas, são ideias bonitas e constantes por aí, no entanto estas peças viradas de cabeça para baixo e utilizadas como prateleiras, já não é tão vulgar. Já as imagino como mesinhas de cabeceira num quarto com poucos metros.
Gavetas usadas como nichos ou às quais se acrescentou uns pés para transformar em mesas, são ideias bonitas e constantes por aí, no entanto estas peças viradas de cabeça para baixo e utilizadas como prateleiras, já não é tão vulgar. Já as imagino como mesinhas de cabeceira num quarto com poucos metros.
PARA A EMÍLIA
15.5.17
Lembram-se da manta do Thomas? sim, aquela que tinha tecido resinado no verso e tiras para facilitar o transporte? Pois esta é uma versão mega, ultra feminina da mesma. Tem profusão de flores, frutas da época, rosa e verde para estimular, cornucópias sinuosas. Foi feita a pensar na pequena Emília, que nasceu há 3 meses. A Emília tem uma mana mais velha, que não poderia ser esquecida. Sei, porque a mãe contou-me, que ela é vaidosa e começa a interessar-se por batons, blush, sombras e afins. Usei então os pequenos triângulos que sobraram dos blocos de patchwork da manta, para montar um estojo onde a Maggi vai poder guardar os seus primeiros "produtos de beleza". As fotos foram feitas na praia para homenagear a ilha do Atlântico onde mora esta família, e dizer-lhes que me aguardem, porque qualquer dia desembarco por aí!
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