O DEPOIS E O ANTES DE UMA COZINHA

30.8.18
Ao escrever este post dou-me conta que boa parte do meu ano de 2018 foi passado a recuperar esta casa, mas que finalmente, acabou! Deu trabalho, houve muito investimento pessoal por ter sido eu própria a restaurar boa parte dos móveis, a encerar todas as portas e a pintar alguns elementos, que por serem corriqueiros não cheguei a mostrar aqui. Mas está pronta! E ao vos mostrar a cozinha, dou por encerrado este capítulo e espero poder voltar em breve à máquina de costura (parada desde Abril) e a postagens mais diversificadas. O processo de tornar esta cozinha mais consentânea com o estilo de vida atual sem contudo desvirtuá-la dos seus elementos originais, trouxe alguns desafios: foi preciso arrancar o móvel da parede e adaptá-lo ao novo espaço (leia como, aqui), deslocar a bancada, torná-la mais larga e recolocá-la numa posição mais alta para permitir que a máquina da loiça caiba em baixo e, pasme-se, sair à procura de um lava loiças em pedra que substituísse aquele que eventualmente existiu na casa mas, por alguma razão que desconheço, havia desaparecido. Aquilo que mais gosto quando intervenho num andar velho é que a remodelação seja coerente com a época de construção da casa. E, modéstia à parte, acho que consegui.

CASA DE BANHO COM BANCADA EM STENCIL

20.8.18
Um erro do empreiteiro da obra (leia-se, marido) que trocou as cores dos azulejos que eu tinha definido para cada casa de banho, e consequentemente, a cor da massa de microcimento aplicada no piso e paredes, fez com que pela primeira vez na vida eu tenha acabado com um ambiente totalmente tom sobre tom! Na altura fiquei bem chateada, não tanto pela troca das cores (nisso, eu daria um jeito) mas mais pela incapacidade dos homens de reterem na cabeça mais do que uma tarefa. No entanto, no decorrer da obra, fui-me apercebendo que as paredes casavam com o móvel, que este ornava com a janela, que esta última combinava com a porta, e que tudo junto, somado à luz natural de fim de tarde que entra abundantemente, tinha lá o seu encanto, apesar de eu, pessoalmente, precisar de um pouco mais de contraste para me sentir estimulada. Agradou-me de tal forma o conforto de jogar com o similar que quando, em viagem a Bruxelas, avistei pelo vidro da montra, dois cabides de parede com acabamento ferrugem, fiquei com a certeza que o local ideal para a dupla seria naquela casa de banho, cor de areia da cabeça aos pés. A bancada, que eu mostrei aqui, depois de passar largos meses em espera na sala lá de casa, foi com saudades que lhe disse adeus!

CASA DE BANHO COM BANCADA DE PÉ DE MÁQUINA

11.8.18
Finalmente o pé da máquina de costura que mostrei aqui assumiu com louvor as suas novas funções, numa despensa transformada em casa de banho.  Ele agora serve de base a um lavatório de pousar num espaço feito como gosto: com elementos que não combinam necessariamente, mas se coordenam; com materiais que tiveram outras vivências e com as características de época da casa, mantidas. Nos pormenores, outros dois itens que não dispenso: luminárias pendentes e cabides de parede. As imagens não são as melhores porque o espaço é estreito e a luz, artificial, mas cumpre o objetivo: levar-vos a não terem medo da mistura pois é quando elementos diversos se encontram e se destacam que a originalidade surge!

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