BANQUINHO FLORIDO

21.4.17
Considero-me uma stool lover. A sério, não posso ver um banco velho largado em cima de um monte de entulho que logo enxergo ali um sem-número de possibilidades. Bancos para mim, são tubos de ensaio: peças de pequena escala onde podemos dar largas à imaginação de forma descontraída, sem grande responsabilidade e sem perder muito tempo.
O que me chamou a atenção neste, foi o seu assento redondo. Já passaram pelas minhas mãos muitos bancos mas nunca um de assento redondo. Faltava-lhe uma perna, que consegui encontrar uns metros adiante, e uma trave horizontal. Essa, não apareceu e fui obrigada a fazer uma nova. O que aliás, acabou por ditar todo o resto: a madeira diferente da nova trave destoou o que me levou a pintar parte dos pés com tinta spray fluorescente e a usar no estofo um estampado garrido, saído lá dos anos 70. Só para que conste: as fotos não têm filtro, ok? foi o banco que ganhou luz própria!





































BOA PÁSCOA

14.4.17
Mais uma Páscoa e mais um ano em que não consigo reunir toda a família. Mas a mesa está posta para o almoço de domingo, com alegria e amor nos detalhes. Colorida nos pratos e nos sentimentos. Saudando este momento de reflexão e renascimento, em que se celebra a vida e se agradece as bênçãos. A todos que por aqui passam, uma Páscoa muito feliz!

CASAS VELHAS FAZEM-ME SORRIR

9.4.17
Algumas vezes perco a vergonha e mostro no blog trabalhos que faço profissionalmente. Geralmente, são remodelações de apartamentos velhos e devolutos há vários anos. Pouca gente entende esta minha atração por entrar em espaços escuros, sujos e degradados, mas creiam, quanto mais deteriorada e abandonada estiver a casa, mais me sinto desafiada. Se tiverem potencialidade (e raramente não têm) consigo visualizar os espaços acabados quase que imediatamente na minha cabeça. Não vou aqui entrar em detalhes técnicos (e houve muitos nesta obra!) pois o meu objetivo não é ensinar-vos nada e sim e tão apenas inspirar-vos e sensibilizar-vos para andares antigos e cheios de personalidade que existem por aí, só à espera de serem descobertos. O apartamento que vão ver a seguir, é muuuito pequeno, com algum otimismo pode-se dizer que terá uns 30m2. Não tinha casa de banho. A sanita, ficava na cozinha. Sim, leram bem, na cozinha. Ele hoje parece novo, mas o interessante é que as marcas do tempo permanecem: nas portadas que não fecham bem porque estão empenadas, na pedra da chaminé que foi descascada e revelou suas falhas, nas bandeiras das portas ligeiramente inclinadas devido à estrutura do prédio que em algum momento da sua longa existência, cedeu.
Um detalhe que adoro é a janela da cozinha. Nada de abrir para um espaço lindo e cheio de luz, se espreitar por ali, são as escadas do prédio que vai ver! São estas surpresas, impensáveis nos dias de hoje, que me cativam. Para as fotos, trouxe alguns adereços de casa. Já expliquei aqui que o meu trabalho acaba no fim das obras, e que é muito raro eu ter acesso à casa depois de habitada. Então carrego objetos meus para que quem lê possa ter alguma noção do espaço. Aaaah, quando eu fechar pela última vez a porta desta casa de bonecas, vou ter saudades da mini cozinha, da pequena casa de banho e dos cómodos diminutos!

BANDEJA COM MOSAICO

3.4.17
Há já algum tempo que sigo a Veronica Kraemer no Instagram e encanto-me com os trabalhos dela, cada um mais bonito e elaborado que o outro. São mesas, bandejas, caixas, molduras e tudo o mais que possa imaginar, feitas com mosaico de pastilhas ou cacos de azulejos. A influência foi tão grande que vim da minha última viagem a Bruxelas com todo o material na mala: turquez, pastilhas, cola, betume, espátula. Tudo o que precisava para me iniciar na arte e não conseguia encontrar em Portugal. E, claro, esperei que me viesse parar às mãos uma peça que se adequasse. A peça chegou, por meio da cunhada, que me entrega uma bandeja de madeira, velha e de dimensões acentuadas ao mesmo tempo que sem convicção diz-me:"leva isto, vê se lhe consegues fazer alguma coisa!"
E levei. Mas o resultado não chegou de primeira. O que eu queria mesmo era fazer um mosaico com cacos de azulejos. Comprei azulejos, mais ferramentas ainda, e ao mesmo tempo que me correspondia por Direct com a Veronica e assistia aos seus videos, tentava partir azulejos em casa. Uma lástima! saltavam bocados de ladrilho por tudo quanto era lado, o vidrado lascava e o músculo do braço pedia arrego. Parti para o plano B, bastante menos ambicioso: pastilhas. Só que com a minha inexperiência, as que tinha trazido da Bélgica, não eram suficientes. Navega daqui, pesquisa de acolá, descubro a Vitrálica, e em poucos dias tenho em casa 8 cores de pastilhas de vidro. Agora era só pôr mãos à obra. A bandeja, tão desgastada, precisou ser lixada e apareceram dois tons de madeira (nos triângulos que reforçam os cantos e nas pegas) o que levou-me de imediato a gostar um pouco mais dela: afinal a feiosa tinha lá seus encantos escondidos e só precisava mesmo era de um pouco de atenção!






































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