CENTROS DE MESA

30.3.15
Para os 18 anos do filho, a minha irmã decide montar uma tenda no jardim e alugar 4 grandes mesas redondas com pratos, copos, guardanapos, toalhas, tudo branco e básico. Os amigos levaram a música e as strobe lights, a comida foi confecionada em casa. É típico desta minha irmã, não sair da sua zona de conforto, mas desta vez, exagerou, encomendando tudo o mais trivial possível, com a desculpa de que "para rapaz, é difícil escolher outra coisa".  Depois lança-me o repto, e de um dia para o outro, pede-me que arranje alguma ideia para os centros de mesa. O "alguma ideia" dela, significava um arranjo simples, bonito e de preferência, sem gastar muito. Exigência: usar a quantidade de velas brancas que lhe tinha sobrado dos cinquenta anos do marido. Sem tempo para divagações, e com budget limitado, passei na florista e trouxe uns quantos ramos de flores campestres. Recolhi pela casa, todos os bules, leiteiras, cafeteiras, açucareiros e xícaras órfãos de pai, mãe e restante família. E recorri ao Ikea (Where else?) para comprar lanternas, porta velas e castiçais. Ao chegar ao local do aniversário, reparei que no jardim havia à descrição rodelas de troncos de árvores. O resultado foi o que vem a seguir, fotografado ao fim da tarde enquanto ajudava na montagem, e à noite, já com as velas acesas. A festa esteve animada, com aniversariante e amigos participativos e felizes, e só terminou já altas horas, quando a polícia bateu à porta. Quem mandou não convidar os vizinhos?

A minha bancada de trabalho:
                                                             

BAZAR DE L´HOTEL DE VILLE

24.3.15
23 horas foi o tempo que fiquei em Paris com o meu pai. Ainda pelo meio um jantar de gala com distribuição de insígnias, este, o real propósito da viagem. Já conheço Paris e dispondo de um período tão curto  antes da gala que iniciava-se "à 20 heures précises" como informava o convite, pensei que o meu pai talvez pudesse fazer a sua indispensável sesta, provável segredo dos 82 anos que ninguém lhe dá -e até ele próprio duvida- enquanto eu iria satisfazer a minha curiosidade e o meu vício, no Bazar de l´Hotel de Ville, uma espécie de centro comercial com 8 pisos, dos quais vários (a maior parte) destinados à casa. Mas contra todas as probabilidades, meu pai, dispensa o descanso e cola-se a mim. Ainda o tentei demover com o argumento de que sem o repouso ele poderia sentir-se cansado no jantar, mas ele não só não se convenceu, como veio e quase que se entusiasmou mais do que eu com o que viu, trazendo para casa, peças que eu jamais imaginaria que tivessem a ver com ele ou que despertassem a sua atenção. Entre elas um conjunto de servir o chá para 1 pessoa, que no mundo dos blogs seria definido como "cute" ou "fofo". Prova de que vamos vivendo, aprendendo, e nos surpreendendo, mesmo com aqueles que julgamos conhecer bem.

DESFAZER E TORNAR A FAZER #1

15.3.15
Sempre tive a mania de sacos de pano. E sempre tive vários: para os sapatos, as meias e a roupa interior na hora de viajar, para organizar o material de ginástica dos filhos quando estes eram crianças, para mandar o lanche para a escola ou levar o almoço para o trabalho. Só que não tinha máquina, não sabia costurar, nem conhecia quem pudesse mos fazer, então comprava-os quando me deparava por aí com algum interessante.
Há uns 3 anos atrás queria desesperadamente um saco para quando fosse comprar o pão. Importa dizer que sou eu a padeira da casa, e que sempre me chateou vir da padaria com os pães num saco de papel craft. Até porque achava mal empregado: o saco pardo já vinha todo amachucado, e eu com pena de vê-lo acabar no lixo quando na verdade via nele mil e uma possibilidades de fazer bonitos embrulhos. Lembro-me de nessa altura ainda ter ido a casa do meu pai, na esperança de que numa gaveta, jazesse esquecida alguma saca, antiga e maravilhosa, talvez até bordada, quem sabe. Mas nada. E acabei por comprar um saco desenxabido, de um tecido fininho, até grande demais para o pretendido, com um sistema de fecho de plástico, enfim, uma coisa triste e enfadonha, que durou e durou e serviu...até este fim de semana. Quando, inspirada por muitos dos vossos blogs, ousei desfazê-lo e voltar a fazê-lo, usando a imaginação e aquilo que houvesse em casa. Confesso que gostei desse mundo novo que se abriu de desconstrução/reconstrução e que agora ando receosa de olhar para as camisas do marido ou os vestidos das filhas com olhos de ver. O mais seguro será mesmo não apurar muito a vista...

LÁ FORA

6.3.15
É praticamente oficial: a primavera está a chegar. E não é só no calendário! Na vida real as temperaturas estão amenas e os dias mais longos. O céu pintou-se de azul, aqui e ali brota uma flor, e até já se pensa em aposentar botas, edredons e o mau humor dos dias cinzentos. É hora de olharmos para o nosso jardim, terraço ou varanda com outros olhos e resgatá-los de um longo e tenebroso inverno. Pelo menos essa será a minha tarefa do fim de semana: limpar os vasos, podar o que sobreviveu, replantar, comprar umas mudas, acrescentar e fertilizar a terra. Isto numa primeira fase. Em progresso estão novas almofadas e uma manta para vestir o velho banco que terá de resistir mais um ano. E at last, mas sobretudo not least, virão as ideias simples, divertidas e baratas para deixar a área verde ainda mais acolhedora e com uma identidade muito, muito própria!



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