DRAWSTRING BAGS

24.6.25

Não é segredo para ninguém que quando se trata de costura, a minha paixão são as colchas em patchwork para crianças (pode ver algumas aqui). É o tipo de projeto que faço com um sorriso nos lábios e de coração cheio! Mas quando o tempo anda escasso e fica difícil dedicar-me a uma peça tão grande e complexa, eu volto-me para uma outra preferência destinada aos mais pequenos: os drawstring bags (ou sacos com cordões, em bom Português!). Como utilizo sempre padrões bem dispostos, a prenda chama logo a atenção da criança e as mães dão-me um feedback positivo: são ideais para levar brinquedos ou muda de roupa para a escola ou passeios e o sistema de cordão para abrir e fechar é fácil, levando a criança a desenvolver o hábito de organizar os seus pertences desde cedo.

Pessoalmente, o que mais me encanta na criação destes sacos é a liberdade de mesclar estampas e cores à vontade. Como se destinam ao público infantil, um toque lúdico e divertido é não só bem-vindo, como praticamente uma condição sine qua non para que sejam tão bem aceites. E para completar, posso utilizar muitas sobras, o que, diga-se de passagem, é especialmente aliciante numa casa onde os tecidos multiplicam-se do nada!

PEQUENO ESCADOTE ANTIGO EM MADEIRA

21.5.25

Não sei o que me levou há alguns anos, a entrar numa Thrift store nos EUA, sair de lá com um mini escadote e ainda me ter dado ao trabalho de trazê-lo para Portugal enfiado na mala de porão. Acho que foi mesmo isso que me chamou a atenção: o facto de ser a réplica de um escadote de madeira comum, mas em ponto pequeno. Não resisti ao charme. Veio comigo mas nunca chegou a ter real utilidade, exceto talvez por breves momentos em que foi incorporado a alguma decoração de Natal ou Páscoa. E logo, como era de se esperar, acabou relegado à arrecadação, saindo de lá apenas agora, quando precisei de uma peça pequena que fizesse vezes de mesa de cabeceira. Tinha também guardado mais um candeeiro destes que queria usar, então juntei o útil ao agradável e acabei com uma construção muito parecida a esta (perdão pela falta de originalidade) mas, se a ideia resultou uma vez, porque não reproduzi-la numa segunda oportunidade? O processo de limpeza  do escadote foi fácil e relativamente rápido: lixar pacientemente, abraçar os defeitos, assumir o aspeto rústico e aí está! Missão superada com sucesso.

FELIZ PÁSCOA CHUVOSA

21.4.25

Com um pouco de delay, contingências da vida real, venho desejar que a vossa Páscoa tenha sido passada da melhor forma. Frio e chuva fizeram-se sentir por todo o país, fenómenos atípicos de uma primavera que debutou no calendário, mas parece não existir na prática. No entanto, a época é de júbilo e renascimento. Que no aconchego das vossas casas, abraçados pelas vossas famílias e à volta da mesa linda e farta tenham disfrutado de bons momentos!

PEQUENO ARMÁRIO DE RETROSARIA

7.4.25

Não me lembro bem como a peça veio parar às minhas mãos, há 20, 25 anos ? O que sei é que na altura não percebia nada de recuperação/restauração de móveis e portanto pedi a um amigo de um amigo, supostamente entendido no assunto, que fizesse uma limpeza ao pequeno armário que se encontrava algo deteriorado. E de fato, o antigo organizador, propriedade da Companhia de Linhas Coats and Clark (segundo carimbo que se encontra dentro das gavetas) voltou com melhor aspeto e durante um bom tempo serviu como mesa de apoio do sofá de casa,  até que desapareceu para a arrecadação e por lá ficou. Decidi resgatá-lo recentemente, no processo de mobilar esta casa que entretanto ficou pronta (mostrarei brevemente) e conta com, diria, 90% dos móveis oriundo de várias proveniências: ora encontrados na rua, abandonados em andares antigos, ou ofertados por amigos. Uma mistura interessante, verão a seu tempo!

Mas voltando ao pequeno armário de retrosaria, além das superfícies riscadas e da falta de um puxador, incomodava-me o verniz escuro que não deixava ver bem os dizeres que o organizador ostentava: palavras e desenhos pintados à mão num estilo bastante simples, anunciando a marca de linhas "carta". Infelizmente, apercebi-me desde o início que lixar o verniz escuro da peça iria consequentemente apagar desenhos e letras e fazer desaparecer a patine do tempo. Mas não tive alternativa. Cuidadosamente "decalquei" os dizeres em papel vegetal, para posteriormente reproduzi-los o mais fiel possível ao original, ciente de que nunca ficariam exatamente igual, pois tudo o que é feito à mão, tem os defeitos e as virtudes daquele que o executa. Foi um processo moroso e um tanto desafiante e se resultou bem ou haveria outra solução melhor que não me ocorreu, vou deixar ao vosso critério, basta fazer scrolling 👇para entender a metodologia que segui e julgar por vós próprios!

ESCRIVANINHA OBSOLETA GANHA COR, TEXTURA E PERSONALIDADE

29.1.25

Não sei se estarei errada, mas chego à conclusão que certos móveis pensados para funções muito específicas, caminham para um futuro incerto. E a escrivaninha tradicional, clássica, deve fazer parte desse lote! Construídas com gavetas, compartimentos vários, escaninhos e por vezes até com nicho secreto, serviam para guardar documentos, materiais de escritório e instrumentos de escrita. Mas na era digital em que vivemos, quem se senta a uma secretária para ler ou escrever? Estas e outras considerações passaram-me pela cabeça quando resolvi dar cara nova à escrivaninha escura e pesada (no sentido literal do termo, diga-se) que durante décadas vi na casa dos pais do marido, servindo ora de mesa de trabalho do sogro, ora de secretária de estudos da cunhada. Um móvel ultrapassado, diria eu, que para agravar, ainda tinha uma estante para livros, colocada sobre a base, mas que descartei completamente. Se já não é fácil aligeirar visualmente uma escrivaninha e encaixa-la numa casa atual, que dizer de uma escrivaninha + um alçado! Ponderada a decisão de meter mãos à obra no móvel obsoleto, decidi usar materiais que já tinha vontade de experimentar há algum tempo, nomeadamente o papel para decoupage e o decor wax ambos comprados neste site, mas à venda em inúmeros outros locais online. Quando se trata de tornar mais atrativa uma peça austera, a troca de puxadores é, a meu ver, quase inevitável, assim como acho também muito simpático forrar as gavetas. No tampo da escrivaninha usei um tapete de feltro que confere mais conforto à superfície de trabalho e ainda faz vezes de mouse pad para quem usa o rato. Enfim, não foi um trabalho fácil, passou por muitas etapas e consumiu bastaaaante do meu tempo (e por vezes da minha paciência) mas entre a peça mofar para todo o sempre numa arrecadação ou ser de alguma utilidade lá em casa, fiquei com a segunda opção! 


LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Web Analytics