Precisava de um par de candeeiros para as mesinhas de cabeceira de um dos quartos desta casa e lembrei-me de reciclar uns em talha, bastante austeros e fora de moda. Diria mesmo feios, apesar de não gostar de empregar essa palavra. Acho-a limitativa, preconceituosa até, pois ao rotular algo de feio fechamos a porta a um novo olhar, mais atento e afetuoso. A primeira ideia que me ocorreu foi obviamente a pintura: afinal que objeto escuro e sem graça não muda completamente com uma demão de tinta? Apliquei então um primário e a seguir Chalk paint cor palha. O resultado já foi bastante satisfatório, diria uns 200%, mas ainda assim as luminárias continuavam um pouco apagadas. Decidi então torna-las mais amareladas empregando um pincel grosso e quase seco, com muito pouca tinta a puxar para o ocre. Finalmente, lixei levemente certas partes dos candeeiros para que o dourado da talha aparecesse sutilmente por baixo da tinta e provocasse um certo contraste. O segundo passo desta transformação foi escolher os abajures e confesso que não foi tarefa fácil. Não acertei à primeira, nem à segunda… nem à terceira! Depois de meses a procurar, a testar mil possibilidades, a vasculhar lojas físicas e online, nada me convencia. E quando é impossível encontrar as medidas certas e a tal “vibe” perfeita, o que se faz? Exatamente: mete-se mãos à obra e fabrica-se os próprios abajures! Encomendei as estruturas com as dimensões que pretendia numa casa de luminárias, comprei novelos de ráfia e, nó após nó, nasceram dois abajures com toque rústico, perfeitos para suavizar as formas robustas das bases. Posso até parecer convencida, mas acredito que ganhei candeeiros com alma, peças que foram da talha austera ao encanto campestre!
4- Puxar e apertar muito bem o nó:
5, 6, 7- Ir para a base do abajur, e fazer outro nó:
8- Apertar bastante o nó para que a ráfia fique esticada e o nó não fique lasso e corra o risco de se desfazer com o manuseio:
9- Pegar nas duas pontas do nó:
10- E reforçar com um segundo nó. O segredo é apertar muito bem tanto o nó de cima como os dois de baixo:
11- Ir repetindo os paços anteriores até chegar ao final do abajur. Ir sempre ajeitando as ráfias à medida que se vai progredindo para que fiquem o mais possível chegadas umas às outras. Durante este processo ir também cortando as pontas dos nós no cumprimento que pretender.




























Adorei o resultado final! Você mandou muito bem.
ResponderEliminarBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Simplesmente maravilhosos!!!! E essas mesinhas de cabeceira, igualmente belas. Parabéns!!!!!! Laura
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