DE MÓVEL CONTADOR A CÓMODA ALTA

11.10.24
Há uma característica em mim que considero um defeito, não é grave mas por vezes, ao contrário do que à priori se possa pensar, limita-me: nos meus trabalhos, sejam eles qual forem, não gosto de repetir cores, padrões, blocos (no caso do patchwork) ou técnicas. O que me agrada é a novidade, o tentar algo diferente, aprender novas técnicas, ou seja, por mais contraditório que pareça, o desconhecido não me assusta, o que me desmotiva mesmo é a segurança daquilo que já conheço. Isto para dizer que repetir a mesma cor em dois moveis diferentes parece-me redutor e sem criatividade, mas desta vez não tive escolha: a lata de tinta pela metade jazia na dispensa, era exatamente o tom que se encaixava no contexto onde iria ficar o móvel e last but not least, existia o fator pressa que não me permitia grandes divagações nem inovações. No fim do trabalho, agradou-me a forma como ficou a peça, apesar de apenas ter levado um belo banho de chalk paint Paprika red (sim, aquela já usada aqui) e de ter sido completamente despido da over dose de ferragens barrocas que ostentava, dando lugar a uma mão cheia de puxadores minimalistas. Gavetas forradas nos mesmos tons e eis que surge uma cómoda, na minha opinião, bastante vistosa e cheia de personalidade, pois o vermelho, por mais que se queira, não consegue deixar ninguém indiferente!

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