Tal como aconteceu no ano passado, voltei à loja Chinesa para comprar outra casinha em balsa que pudesse transformar em mansão mal assombrada. O objetivo era começar a montar uma pequena cidade de halloween, só que quando lá cheguei deparei-me com uma "construção" bem mais elaborada do que aquela que tinha comprado há 1 ano e pensei para com os meus botões: "vai dar mais trabalho, o registo é outro, mas porquê não?", e trouxe-a comigo sem ter a certeza se seria habilidosa o suficiente para a transformar. E não é que resultou? escusado será dizer que foi um processo em que me diverti horrores (a palavra vem mesmo a calhar) e em que não tive que comprar praticamente nada a não ser pauzinhos de gelado de madeira (também no Chinês) para convertê-los em "tábuas" que interditassem as janelas e dessem aos telhados um ar mais degradado. Tudo o resto foi decidido no momento, consoante o material que tinha em casa, o que reconheço, não é pouco. Deixo as imagens da mansão de dia e iluminada para a noite de hoje, que desejo seja para todos os que decidirem entrar no clima, de puro entretenimento. Pelo meu lado, estou combinada com os miúdos do prédio onde habito, já tenho o meu outfit assustador, doces nos bolsos para distribuir e vou com eles para a festa!
ANTES E DEPOIS DE UM ANDAR CENTENÁRIO
Passei semanas a pensar como proceder com esta publicação. Remodelar andares antigos, mantendo tudo aquilo que faz parte do seu caracter e da sua personalidade é das coisas que mais me dão prazer de fazer na vida. Vivo tão intensamente todo o processo que quando este chega ao fim tenho uma dificuldade imensa em me separar das casas. Desta vez, quando a obra ficou concluída, dei por mim com centenas de fotografias e dezenas de vídeos no telemóvel, um acervo importante e interessante que relata bem todo o trabalho que foi realizado neste andar centenário. Intervenções cirúrgicas que trouxeram esta casa para o século XXI sem no entanto despojá-la da sua essência e originalidade. Fiquei sem saber como partilhar tanto que tinha na manga, de uma forma que não se tornasse enfadonha. Como os meus conhecimentos tecnológicos não são muitos, recorri ao sobrinho, que conseguiu que eu fizesse upload para esta página de dois vídeos perdidos no telefone: um filmado durante as obras e o outro feito no dia em que entrei na casa pela última vez. São um pouco longos, reconheço, e quando os fiz foi sem intenção de os partilhar daí não terem um cunho profissional. Mas quando me vi com tantas imagens em mãos e comecei a organiza-las para esta postagem, acabei por achar que para os amantes do "antes e depois", os filmes fariam bem mais sentido. Para aqueles que não têm tempo, deixo algumas fotos, sendo certo que os vídeos falam por si e demonstram bem melhor aquilo que aconteceu nos meses que os trabalhos duraram. Conheci o último casal, já muito velhinho, que aqui habitou por longos anos, muitos mesmos. E conheci também a família que mudou-se para este andar há escassos 2 meses, e cada vez me convenço mais de que as casas têm fases e acolhem. Um ciclo terminou para uns mas uma página em branco se abriu para outros que ali criarão novos afetos e novas memórias.