Uma toalha de mesa feita de bandanas era algo que eu já desejava há algum tempo. Tanto, que há cerca de 1 ano e à laia de treino, ensaiei uma manta de piquenique com os poucos lenços que tinha em casa. Nesta minha recente ida aos Estados Unidos, uma das coisas que tinha em mente era comprar bandanas em quantidade que me permitisse cortá-las e uni-las numa grande e colorida toalha para o terraço de casa. De fato, acho que exagerei e trouxe um autêntico contrabando destes lenços icónicos na mala! Deu para a toalha, para guardanapos e ainda sobrou-me uma mão cheia deles! Todavia ao lavá-los e cortá-los, deparei-me com alguns problemas que vale ressaltar: algumas cores mais escuras deitam tinta e com muita pena minha, fui forçada a descartá-las do projeto. E como todo (ou quase todo) produto barato, o algodão é fino e pode deformar depois da lavagem. Além disso, os lenços não têm todos a mesma dimensão e muitas vezes as estampas estão tortas. Mas tirando isso, os lenços são lindos, as estampas maravilhosas, e das cores, nem se fala! Os defeitos, com um jeitinho aqui e um disfarce acolá, empurramo-los para debaixo do tapete!
ALMOFADAS REDONDAS
20.5.16
Se há uma coisa da qual fujo em costura, é de tudo quanto é redondo. Fico ansiosa antes do tempo, as mãos suam, penso que por mais que eu tente não vai dar certo nunca, e acabo sempre por passar um projeto de linhas retas à frente, deixando a proposta com curvas eternamente adiada. Mas antes de ir para os EUA eu já tinha lançado a mim própria o repto, que assim que voltasse iria fazer umas almofadas redondas, super fofas, grandes, que lembrassem às da casa da avó. Tanto que nas várias visitas que fiz por lá às lojas de tecidos, trouxe fat quarters de tecidos floridos, coloridos e a preto e branco. Não tinha as medidas certas na cabeça, mas comprei em quantidade que pensei, daria para o pretendido. E deu. Deu e ainda sobrou. O modelo encontrei no Cluck Cluck Sew, é "beginner friendly" (adoro o termo) e creiam, está super bem explicado o passo a passo, com fotos que ilustram de forma clara todas as etapas. A única coisa que fiz diferente, foi o verso da almofada, que a Allison propõe que seja executado com um tecido inteiro mas eu optei por fazer também aos gomos. Na almofada a preto e branco, vão reparar que os padrões até são diferentes de um lado e do outro, o que faz com que eu tenha "duas" almofadas numa. Dá um pouco mais de trabalho mas acho que compensa. E superado o complexo, que venham curvas, contracurvas, arcos e espirais. Acho que já nada me assusta. (aaaacho!)
AT THE HOLYOAKS
13.5.16
Quando entrei na casa da Melissa e do Josh, foi paixão à primeira vista. Pela casa e pela família. Entro pela lateral, Melissa abraça-me com afeto, como pessoa visual que sou, meu olhar prende-se a uma mesa com cadeiras coloridas, mas rapidamente desvio a atenção porque 4 crianças pequenas e um cão correm alegremente na minha direção. São 6 da tarde de um domingo, e tinha sido convidada para jantar. Sim, jantar ao final da tarde, pois em Columbia a vida começa e acaba cedo. Poucas vezes senti-me tão à vontade em casa de pessoas que tinha acabado de conhecer. Apesar da temperatura baixa, estão todos descalços e de roupas leves. Josh, na cozinha, ultima os preparativos, enquanto outros convidados bebem um aperitivo. Descubro que Melissa sabe mais de mim do que aquilo que imagino, porque a minha filha encarregou-se de lhe mostrar o blog. Ela não lê português, mas segue-me. Diz que se inspira nas imagens. Fico lisonjeada mas muito encabulada também. E com a mesma espontaneidade com que me abraçou à entrada, pega-me pela mão e mostra-me a casa. Com orgulho aponta-me os moveis pintados por ela e os objetos que expressam os gostos e o percurso da família. Diz-me que sempre que pode vai aos "garage sales" da cidade e explica-me que no verão a vida é feita lá fora, no terraço de chão azul e guirlanda de luzes. Senta-se ao piano e toca La vie en rose. É uma casa onde cabem os sonhos. Do casal, dos filhos, e os nossos também.
POR AÍ NA AMÉRICA
5.5.16
Uma das coisas que mais gosto de fazer é fotografar por aí ideias que acho diferentes, criativas e sobretudo, passíveis de serem transportadas para as nossas casas. Por vezes nem é bem a ideia em si que me atrai, mas sim o conceito que está por trás e que mais tarde poderá nos servir de ponto de partida para outras criações. Nestas 2 semanas de Estados Unidos, colecionei algumas imagens de elementos do dia a dia, transformados, que se bem inseridos num ambiente, podem causar um forte apelo visual e até, tornarem-se protagonistas do espaço.
Montra de uma livraria: livros velhos empilhados e colados entre si, com várias camadas de tinta derramadas em cima. Talvez seja um elemento efémero, mas vejo perfeitamente esta ideia transformada em mesinha de apoio ao lado de um sofá ou da cama, somente com um candeeiro em cima!
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