SUPORTE PARA PLANTAS E A IMPORTÂNCIA (OU NÃO) DO DEDO VERDE

22.11.20

Tenho um desgosto enorme por não ter sido contemplada com o chamado "dedo verde", apesar de que, quando calha mencionar essa minha lacuna, as pessoas asseguram-me que não importa ter dedo de cor alguma e sim pesquisar sobre os diversos tipos de plantas, suas características e necessidades e daí para a frente seguir no processo tentativa e erro até encontrar as espécies que se adaptam a nós e nós a elas. Eu, no entanto, continuo a achar que esta parte prática pode até ser importante mas que amor e atenção são fundamentais. Tenho um amigo que sempre me disse que falava com as suas "plantinhas" todas as manhãs e de facto, eu ficava impressionada, pois ele morava num apartamento muito pequeno mas repleto de verdes. Foi lá que pela primeira vez vi uma horta na varanda. Não era só conhecimento, com certeza havia paciência, carinho e dedicação envolvidos.

Com as obras na sala, decidi que iria fazer um canto das plantas, um spot que apanhasse bastante sol pela manhã e deixasse a casa com mais vida. O empurrão que precisei, foi a peça que o marido encontrou na rua: um suporte antigo para plantas. Entendi aquilo como um sinal! quase divino! Mandei a peça para o expurgo e lixei-a pacientemente até obter a tonalidade que queria, comprei um feto que coloquei num urinol antigo e arranjei um vaso divertido para servir de morada a uma planta que não sei o nome, mas miraculosamente tem sobrevivido há cerca de um ano em vários cantos da casa. Dei também um up numa planta "jibóia" que também já morava connosco, estava supostamente a cargo do marido, mas desconfio que andava meia descurada ultimamente: comprar-lhe um cache pot novo e ajeita-la no vaso foi o que bastou para vê-la "aparecer". Completei o green spot com um quadro que sempre me fez companhia no meu gabinete, no escritório. Achei que vários tons de verde seria o ideal para o local.

E agora que o cenário está formado falta eu prometer que vou me dedicar: colocar no telemóvel um reminder para não falhar nas regas e hablar con ellas regularmente. Quem sabe um dia eu ainda consigo livrar-me do meu complexo de dedo podre (detesto a expressão) e ter uma urban jungle dentro de casa.

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