Não sou muito boa a caracterizar-me a mim própria mas uma das verdades insofismáveis sobre a minha pessoa é que adoro acordar muito cedo, fazer exercício e a seguir sentar-me para tomar o pequeno almoço. Exatamente por essa ordem e de preferência numa mesa onde pratos e demais adereços sejam um regalo para os olhos. Claro que se durante o ano a rotina de cedo erguer e sair para correr ou ir ao ginásio é muito natural para mim, a parte do tomar o café da manhã numa mesa bonita fica mais difícil de cumprir. Difícil mas não impossível, devo dizer, e quando sobra-me tempo faço-o. No entanto durante as férias não perdoo. Adoro o dia, o nascer do sol, a claridade, a cidade que começa lentamente a acordar, e antes de sair para fazer desporto deixo a mesa já posta, sempre várias, diferentes de dia para dia, e a família já sabe que só tem que completar: comprar o pão, fazer as panquecas, espremer as laranjas, cortar as frutas, colocar o café no fogo. É para mim, a melhor e mais prazerosa refeição do dia. É quando se conversa e com entusiasmo se tece planos para as horas de ócio que nos esperam, é quando estamos com os sentidos mais alertas e abertos às sugestões uns dos outros. Todos os anos trago na bagagem, juntamente com os biquinis e as toalhas de praia, loiças, guardanapos, talheres e outros itens que se coordenem e me permitam diversificar as tablescapes. Nestas férias fui até um pouco mais além e providenciei uns individuais de execução bastante simples mas que me permitiram unir o útil ao agradável: quase esvaziei o saco dos retalhos (quase) e todas as manhãs começámos o dia com mais cor e energia. Exatamente como é suposto se viver o verão.
PEQUENO ALMOÇO DE FÉRIAS
19.8.20
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CANDEEIRO DE PÉ REPAGINADO
3.8.20
Com as obras na sala, alguns móveis mostraram os seus defeitos, ou seja, enquanto estava tudo a precisar de uma manutenção, não se notava, mas com paredes recém pintadas e elementos novos introduzidos, as falhas e deficiências das peças mais antigas e usadas, tornaram-se evidentes. Foi o caso do candeeiro de pé em talha que herdei de uma cunhada há uns bons anos. Um pouco clássico demais para o meu gosto, possivelmente jamais olharia para ele se o visse à venda numa loja, mas o fato é que depois de uma década de convívio estreito, é ele que nos dá uma luz agradável e proporciona um ambiente tranquilo à noite na sala. Além de ser flexível o suficiente para andar mais ou menos pela casa toda quando é preciso. Portanto minha relação com a peça era excelente e só me incomodava o verniz escuro, que não realçava o trabalho da madeira e tornava o todo bastante carregado. Armada de etanol e uma pequena escova de aço, limpei todo o pé do candeeiro. É um trabalho enfadonho: molhar com o liquido, esfregar com a escovinha, enxugar. Molhar, esfregar novamente, passar o pano seco. Repetir. Repetir. E repetir, até ficarmos satisfeitos, só que nunca ficamos. No caso, a madeira era nogueira e não clareou como eu esperava ou então foi o acabamento que dei (goma laca) que não cooperou. Mas melhorou bastante o ar sisudo do candeeiro, e a substituição do abajur por um mais alegre também ajudou. Vai continuar no mesmo canto de sempre, só que agora, gosto do que vejo.
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