Nestas noites de verão, frequentemente jantamos fora. No terraço, entenda-se. E eu já andava cansada com as reclamações da família pela alegada falta de luz no exterior. É que há certas coisas nesta casa, que apesar de terem sido pensadas há quase 20 anos e de eu até reconhecer que possam estar démodés, tenho relutância em substituir. Os apliques de parede colocados lá fora, a 30 cm do chão, que dão uma iluminação ambiente e os candeeiros de teto, de vidro colorido, trazidos de Marrocos, bonitos, mas que na prática não iluminam grandes coisas, são elementos que teimo em conservar.
Para acabar de vez com os queixumes, lembrei-me da velha cafeteira esmaltada. Um objeto que foi concebido e usado durante largos anos para aquecer a água do café; quando veio para as minhas mãos, passou a acolher as flores que alegravam a sala; podia muito bem, agora, transformar-se em candeeiro temático, ser colocado no meio da mesa, e nesta nova e derradeira função, ocasionar refeições iluminadas e agradar as hostes.
Tudo, é uma questão de exercitar o olhar, reinventar e desta forma, produzir uma decoração sem cópias.
Tudo, é uma questão de exercitar o olhar, reinventar e desta forma, produzir uma decoração sem cópias.