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BANQUINHO RENOVADO

Não sei explicar o fenómeno, mas cada vez que entro numa casa devoluta, há um banco (ou mais) abandonado na cozinha. Vou levando-os para casa. São relativamente pequenos, jeitosos, cabem em qualquer sítio,  e sempre é uma maneira de treinar as minhas habilidades no quesito recuperação.

A TODOS, UMA BOA PÁSCOA

Este ano, ao contrário do que tem sido hábito, não estaremos em casa pela Páscoa. Aproveitamos os feriados e as oportunas férias tardias na escola do mais novo, para visitar a filha que está nos Estados Unidos.
Também não estaremos completamente em família: quando os filhos crescem e assumem seus compromissos, há quase sempre um que acaba por não poder ir junto. Que saudades do tempo em que colocava todos em baixo das minhas asas e levava-os.
Para a que fica, e para os que por aqui passam, deixo-lhes por companhia os coelhos que costumavam enfeitar a casa quando eles eram miúdos. Algumas amêndoas, ovos de madeira, daqueles que servem para coser meias, e um cheirinho a alecrim.
Que esta Páscoa não seja apenas mais um almoço em família. Que nesse dia, todos tenham a capacidade de entender o verdadeiro sentido da quadra, que é a celebração da alegria.
Desejo-vos uma feliz Páscoa!


NADA SE PERDE E TUDO SE TRANSFORMA

Vamos passear por Lisboa, e ver o que há por aí de interessante e inusitado em espaços públicos, que prenda o nosso olhar e possa ser levado lá para casa?

A ideia não é nova, mas sempre agrada: no café do Teatro Rápido, ao Chiado, vive-se um ambiente retrô, e a mesa de centro são duas malas antigas sobrepostas. Atribui-se assim uma nova função a objetos que provavelmente estariam esquecidos num sótão qualquer.

UMA CASA INSPIRADORA

Gosto de entrar na casa dos outros e perceber que ela traduz a individualidade dos seus moradores. Que tudo é simples, mas é inspirador. Que ao longo do tempo se foram montando espaços com personalidade e memórias. Que nunca nada está terminado. Pelo contrário, há evolução à medida que a família cresce, as situações se alteram ou os gostos mudam. Que afinal não é uma casa, mas um lar. Porque tem vida interior, cheira a flores frescas, tem o novo e o antigo, herda e aproveita, junta afetos e arte, e tudo sempre com alguma dose de improvisação.

Nesta casa, a colcha transforma-se em toalha de mesa para receber os amigos,