NADA SE PERDE E TUDO SE TRANSFORMA

Vamos passear por Lisboa, e ver o que há por aí de interessante e inusitado em espaços públicos, que prenda o nosso olhar e possa ser levado lá para casa?

A ideia não é nova, mas sempre agrada: no café do Teatro Rápido, ao Chiado, vive-se um ambiente retrô, e a mesa de centro são duas malas antigas sobrepostas. Atribui-se assim uma nova função a objetos que provavelmente estariam esquecidos num sótão qualquer.

Na pastelaria Lua Nova, no bairro de Campo de Ourique, as cadeiras vieram da casa d´avó: misturaram-se diversos modelos do popular estilo "Queen Anne" e não se descartaram os bancos. O resultado foi uma combinação interessante que prende a atenção por ser incomum. A utilização de um mesmo tecido, unificou o conjunto.

Não sou fã de paletes transformadas em moveis, pelo que esta parede forrada com partes destas grades desmontadas, foi uma novidade para mim e agradou-me particularmente. Assumiram-se as pinturas originais, as buracos dos pregos e até as marcas dos fabricantes. O todo resultou numa parede com grande presença visual, com a vantagem de terem sido utilizados materiais usados. Fica no La Crêperie da Ribeira, que aliás, recomendo vivamente.

Mas quando o assunto é reciclagem, então não há mesmo limites para a criatividade. Nada se perde e tudo se transforma: e as antigas banheiras de pés Vitorianas viraram pequenos e graciosos sofás! Aqui expostos num domingo de sol no Jardim da Estrela.