BANQUINHO RENOVADO

Não sei explicar o fenómeno, mas cada vez que entro numa casa devoluta, há um banco (ou mais) abandonado na cozinha. Vou levando-os para casa. São relativamente pequenos, jeitosos, cabem em qualquer sítio,  e sempre é uma maneira de treinar as minhas habilidades no quesito recuperação.

Pela 1ª vez, usei uma lixadeira elétrica. Confesso que a curiosidade era enorme. Para quem sempre passou horas a lixar à mão, utilizar esta maravilha da tecnologia, deixou-me rendida. Os únicos senãos foi ter me enchido dos pés à cabeça de um pó fino, assim como o terraço de casa (definitivamente, não voltar a fazê-lo) e ter massacrado os vizinhos com o barulho. E não sei se por preguiça, ou porque sempre quis ter uma peça com uma ar meio Chabby Chic, ou ainda porque agradou-me a combinação da cor da madeira com os restos de tinta branca, achei que deixar o banco com um pézinho no rústico teria o seu encanto:

Como estou numa fase de paixão assolapada pelo patchwork e os retalhos continuam a multiplicarem-se a olhos vistos lá por casa, estofei o assento. Outra estreia, desta vez, com a pistola de agrafos.

Quem mostra as suas qualidades, até hoje desconhecidas da família, em público, corre o risco de ser solicitada pela mesma para mais um trabalho. Portanto, este não será o último banco de cozinha a parecer por aqui. Há já outro na calha.