Páscoa pede uma mesa colorida e recheada de doces. E à volta dela, a família reunida. Para festejar a primavera, que chegou tímida ao hemisfério norte, mas acima de tudo para celebrar a alegria do renascimento e do recomeço. Uma santa Páscoa é o que desejo a todos aqueles que por aqui passarem!
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BANQUINHO COM PINTURA ORGÂNICA
A chamada pintura orgânica é uma tendência recente de decoração de paredes e moveis que sempre chamou a minha atenção. Como sou muito imediatista nos meus projetos, perdendo pouco tempo na conceção dos mesmos, nada melhor do que uma proposta criativa que permite o desenho de formas livres, sem moldes ou figuras perfeitas. Em suma, uma arte sem regras que apenas pede harmonia nas cores e traço solto. Mas se por um lado gosto de ousar e experimentar técnicas novas, por outro prefiro testar em peças pequenas que não requeiram grande responsabilidade, que é como quem diz, em caso de falhanço, fica mais fácil lidar com a frustração. A escolha recaiu então sobre um banco de personalidade forte que levou uma vida de superação: décadas ao serviço da patroa na cozinha; meses aos caídos em meio das obras do andar onde foi encontrado; e um ano à mercê das intempéries na pequena varanda desse mesmo andar. Um banquinho com tal resiliência merecia que alguém o olhasse com carinho! O material usado, foi o que tinha em casa: restos de tinta chalk paint e um marcador acrílico que havia servido para outras situações. A técnica, adaptei de alguns tutoriais que assisti: comecei por traçar as formas que pretendia, a lápis, sobre o assento do banquinho, pintei-as com as cores disponíveis, fiz um ligeiro decapé e finalmente, com o marcador acrílico, desenhei os elementos vegetais. Para selar o todo, duas demãos de cera incolor. Tudo na maior descontração e sem grandes pretensões. Foi um bom treino para uma primeira vez, e deu-me vontade de arranjar uma peça diferente do banco, com superfícies maiores, onde possa brincar mais com o tamanho das formas e dos desenhos. Enquanto isso não ocorre, fiquem com o velho banco, de vida sofrida mas resistente, de volta ao andar onde sempre habitou, mas agora, com incontáveis oportunidades pela frente.