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BOAS IDEIAS

Uma das coisas que mais gosto de fazer, é  registar ideias curiosas e diferentes que vejo por aí. Quem sabe não sirvam de inspiração para darmos finalmente destino àquela peça que guardamos há tanto tempo, ou não surja na nossa cabeça uma luz repentina para um canto triste e desenxabido lá de casa.
Estarmos atentos às boas ideias dos outros, é uma forma de estimularmos a nossa própria criatividade.


No Pizza Del Teatro, em Roma, os bancos foram trazidos da quinta para reforçar ainda mais o ambiente rústico da pizzaria. Neste caso, coxins foram adaptados aos galões de leite. Mas se em vez de um assento, acrecentarmos uma madeira redonda, ficaremos com uma mesinha de apoio.
Na loja de roupa interior Oysho, em Lisboa, o balcão de atendimento contempla vários tipos de gavetas, em madeiras diversas, com porta etiquetas e puxadores em concha, remetendo a arquivadores. Certo? Não, errado. As gavetas apenas criam a ilusão de  arquivadores juntos, mas na realidade, são portas comuns que escondem o equipamento informático da loja.

O MODESTO BANQUINHO

Lembram-se da minha colega de trabalho, a Cristina, que decidiu que ia ser ela a tratar de um banquinho rejeitado, que já estava há tempo demasiado no meu gabinete a pedir socorro, sem que eu lhe ligasse?
Pois surgiu a oportunidade de lhe retribuir a gentileza.

Já contei aqui, que por força da minha profissão, não poucas vezes, visito casas devolutas, para ajuizar que destino dar às mesmas.
Nessas incursões a casas vazias, geralmente encontro objetos deixados para trás, desde candeeiros de teto (muito comum), a moveis (mais raro, mas acontece) e sempre muitos itens de cozinha. 
Muitas dessas coisas guardo para (um dia, quem sabe) recuperar, outras sou obrigada a me desfazer, pois não tenho espaço para ficar com tudo.

Dessa vez, a Cristina veio comigo, e tomou-se de amores por um banco mais do que degradado que se encontrava na cozinha. Ainda tentei demovê-la: o banco não tinha qualquer pormenor que o diferenciasse e estava muito estragado, não valia sequer o esforço de o levar dali. Mas ela não me deu ouvidos, e o dito cujo sofreu o mesmo destino do outro banquinho e foi mofar, desta vez para o gabinete dela, à espera que alguém lhe desse atenção.
Abaixo, o estado deplorável do banco, e a cozinha onde o encontrámos.
Até que um belo dia, trouxe-o comigo e lancei mãos à obra: recuperei como pude o corpo do banco, pintei-o de uma cor de cereja e como o tampo estava irremediavelmente partido, pedi a um carpinteiro que reproduzisse outro igual e já agora, lhe desse uma laca amarela.

DE ROUPA NOVA

Abrir as janelas de par em par. Deixar entrar o sol. Trocar um móvel de lugar. Pintar uma parede de uma qualquer cor vibrante. Mudar.
Fazendo uma analogia com a casa, era essa a necessidade que eu sentia aqui no blog.
Precisava de uma imagem nova, que refletisse não só os meus gostos, mas que traduzisse também aquilo que é a essência deste espaço: um blog despretensioso, genuíno, bem humorado. Que gosta de partilhar e comunicar.
A responsável por esta transformação foi a Sílvia , que com um talento e sensibilidade incríveis,  e sem nunca ter chegado a conhecer-me pessoalmente, conseguiu passar para a tela, aquilo que eu sou.
Foi-se o aviãozinho rosa rechonchudo e no seu lugar, apareceu um bimotor, digamos, mais crescido.
Nunca tinha esclarecido o porquê do nome L´avion rose no blog, mas a partir deste momento está aí ao lado a explicação. É uma private joke, como dizem os Ingleses. Agora, já não tão privada assim.
Bom, mas chega de blá blá blá, é tempo de vos deixar descobrirem as novidades, com a ressalva de que como tudo que acaba de chegar, ainda há afinações a fazer, e essa será tarefa minha, com tempo.
Da vossa parte espero o mesmo de sempre: críticas, sugestões, interação. Pois apesar da imagem renovada, o espírito do blog continua exata e inalteradamente, o mesmo.

O UNION JACKS DE JAMIE OLIVER

Retrô, com detalhes vintage, cool e descontraído. Assim é o Union Jacks, restaurante do não menos cool e descontraído Jamie Oliver, o Chef que encara a cozinha de maneira prática e divertida.

Num ambiente de cantina Italiana e com mesas que lembram refeitórios, o restaurante fica ao ar livre, nas galerias do histórico mercado de Covent Garden, Londres. Mas enganem-se as friorentas se pensam que vão bater o queixo: há um sistema de aquecimento nos pés e calefação dos assentos, ambos controlados por nós!



FELIZ ANO !!

Há já uns bons anos que a passagem de ano dos sem-festa acaba por ser lá em casa. Inevitavelmente, a minha irmã telefona dois ou três dias antes e pergunta: "então? pode ser aí?", já sabendo de antemão a resposta. E então começa a correria: o marido e o cunhado compõem o menu e compram os ingredientes, já que são eles que vão para a cozinha; a irmã dá palpites e apoio moral; e eu fico com a déco. Uma sociedade que até tem funcionado!
Este ano, entre membros da família sem programa, filhos jovens que ainda não têm alvará de soltura e amigos caídos de pára-quedas, contámos doze.
E os doces da árvore espalharam-se pelas mesas.
Os candy cane que a filha trouxe dos EUA, transformei-os em corações, e é de coração que vos desejo um Ano feliz, com saúde, harmonia, e tudo o mais que almejarem.
Ao contrário da maioria, eu não sou pessoa de fazer balanço do que passou, e também não gosto de planear. Tudo na minha vida, sempre aconteceu sem preparações antecipadas. Mas há uma coisa que eu quero muito para 2014, e vou fazer o possível e o impossível para que se concretize: uns meses sabáticos.
Este ano, eu quero e preciso de um tempo para mim, afastada do trabalho, dos horários e das obrigações. Um período dedicado a coisas que gosto e nunca pude "perder" tempo com elas: fotografia, costura, crochet, restauro... Não sei quando será exatamente, nem como será, mas vou fazê-lo.

E é com esta certeza que vos desejo um doce e colorido Ano Novo!!