O MODESTO BANQUINHO

23.1.14
Lembram-se da minha colega de trabalho, a Cristina, que decidiu que ia ser ela a tratar de um banquinho rejeitado, que já estava há tempo demasiado no meu gabinete a pedir socorro, sem que eu lhe ligasse?
Pois surgiu a oportunidade de lhe retribuir a gentileza.

Já contei aqui, que por força da minha profissão, não poucas vezes, visito casas devolutas, para ajuizar que destino dar às mesmas.
Nessas incursões a casas vazias, geralmente encontro objetos deixados para trás, desde candeeiros de teto (muito comum), a moveis (mais raro, mas acontece) e sempre muitos itens de cozinha. 
Muitas dessas coisas guardo para (um dia, quem sabe) recuperar, outras sou obrigada a me desfazer, pois não tenho espaço para ficar com tudo.

Dessa vez, a Cristina veio comigo, e tomou-se de amores por um banco mais do que degradado que se encontrava na cozinha. Ainda tentei demovê-la: o banco não tinha qualquer pormenor que o diferenciasse e estava muito estragado, não valia sequer o esforço de o levar dali. Mas ela não me deu ouvidos, e o dito cujo sofreu o mesmo destino do outro banquinho e foi mofar, desta vez para o gabinete dela, à espera que alguém lhe desse atenção.
Abaixo, o estado deplorável do banco, e a cozinha onde o encontrámos.
Até que um belo dia, trouxe-o comigo e lancei mãos à obra: recuperei como pude o corpo do banco, pintei-o de uma cor de cereja e como o tampo estava irremediavelmente partido, pedi a um carpinteiro que reproduzisse outro igual e já agora, lhe desse uma laca amarela.

DE ROUPA NOVA

18.1.14
Abrir as janelas de par em par. Deixar entrar o sol. Trocar um móvel de lugar. Pintar uma parede de uma qualquer cor vibrante. Mudar.
Fazendo uma analogia com a casa, era essa a necessidade que eu sentia aqui no blog.
Precisava de uma imagem nova, que refletisse não só os meus gostos, mas que traduzisse também aquilo que é a essência deste espaço: um blog despretensioso, genuíno, bem humorado. Que gosta de partilhar e comunicar.
A responsável por esta transformação foi a Sílvia , que com um talento e sensibilidade incríveis,  e sem nunca ter chegado a conhecer-me pessoalmente, conseguiu passar para a tela, aquilo que eu sou.
Foi-se o aviãozinho rosa rechonchudo e no seu lugar, apareceu um bimotor, digamos, mais crescido.
Nunca tinha esclarecido o porquê do nome L´avion rose no blog, mas a partir deste momento está aí ao lado a explicação. É uma private joke, como dizem os Ingleses. Agora, já não tão privada assim.
Bom, mas chega de blá blá blá, é tempo de vos deixar descobrirem as novidades, com a ressalva de que como tudo que acaba de chegar, ainda há afinações a fazer, e essa será tarefa minha, com tempo.
Da vossa parte espero o mesmo de sempre: críticas, sugestões, interação. Pois apesar da imagem renovada, o espírito do blog continua exata e inalteradamente, o mesmo.

O UNION JACKS DE JAMIE OLIVER

10.1.14
Retrô, com detalhes vintage, cool e descontraído. Assim é o Union Jacks, restaurante do não menos cool e descontraído Jamie Oliver, o Chef que encara a cozinha de maneira prática e divertida.

Num ambiente de cantina Italiana e com mesas que lembram refeitórios, o restaurante fica ao ar livre, nas galerias do histórico mercado de Covent Garden, Londres. Mas enganem-se as friorentas se pensam que vão bater o queixo: há um sistema de aquecimento nos pés e calefação dos assentos, ambos controlados por nós!



FELIZ ANO !!

2.1.14
Há já uns bons anos que a passagem de ano dos sem-festa acaba por ser lá em casa. Inevitavelmente, a minha irmã telefona dois ou três dias antes e pergunta: "então? pode ser aí?", já sabendo de antemão a resposta. E então começa a correria: o marido e o cunhado compõem o menu e compram os ingredientes, já que são eles que vão para a cozinha; a irmã dá palpites e apoio moral; e eu fico com a déco. Uma sociedade que até tem funcionado!
Este ano, entre membros da família sem programa, filhos jovens que ainda não têm alvará de soltura e amigos caídos de pára-quedas, contámos doze.
E os doces da árvore espalharam-se pelas mesas.
Os candy cane que a filha trouxe dos EUA, transformei-os em corações, e é de coração que vos desejo um Ano feliz, com saúde, harmonia, e tudo o mais que almejarem.
Ao contrário da maioria, eu não sou pessoa de fazer balanço do que passou, e também não gosto de planear. Tudo na minha vida, sempre aconteceu sem preparações antecipadas. Mas há uma coisa que eu quero muito para 2014, e vou fazer o possível e o impossível para que se concretize: uns meses sabáticos.
Este ano, eu quero e preciso de um tempo para mim, afastada do trabalho, dos horários e das obrigações. Um período dedicado a coisas que gosto e nunca pude "perder" tempo com elas: fotografia, costura, crochet, restauro... Não sei quando será exatamente, nem como será, mas vou fazê-lo.

E é com esta certeza que vos desejo um doce e colorido Ano Novo!!


UM NATAL DIFERENTE...

26.12.13
...foi aquele que passámos este ano.
A filha mais velha mora na Bélgica e não lhe convinha vir a casa. E quando Maomé não vai à montanha, a montanha desloca-se. E lá rumámos nós em direção a Bruxelas.
De antemão, sabia que um jantar de Natal, só para nós 5 e numa casa de estudantes, carecia de alguma organização antecipada ou seria recheado de improvisos.
Assim sendo, ainda em Lisboa, preparámos o cardápio. Por unanimidade, o bacalhau ficou de fora (o apartamento é pequeno e a ventilação duvidosa). O peru acompanhado de castanhas Portuguesas iria já assado na mala do marido, e aterrou em Bruxelas na própria véspera de Natal, em meio a uma enorme tempestade, que nos fez temer o pior (marido e peru ilhados num qualquer aeroporto Europeu). Para um gostinho de Brasil, também seguiria farinha de mandioca para ser transformada numa bela farofa. E como em Roma sê Romano, os doces seriam os tradicionais do Natal Belga: mini troncos de Natal, petit Jesus em pasta de açúcar, cougnous (um pãozinho em brioche) tarte de cerejas.
Ficou por minha conta, a tarefa de pensar numa mesa bonita. Lembrei-me de comprar um tecido alusivo e cortar uma toalha simples para a ceia. Separei para levar, guardanapos (desta vez de pano), alguns enfeites rústicos que tenho, por ser este o ambiente da casa, e preparei um kit com algum material, banal quando estamos na nossa terra, mas sempre complicado de encontrar no estrangeiro, tais como pioneses, vários tipos de cordel, velas de réchaud, e outras insignificâncias mais, fundamentais na hora de se montar uma mesa.
Pratos e copos, escolhi-os sem muito tempo para pensar, na Maisons du Monde, loja com mil ideias para a casa, em variados estilos, no centro de Bruxelas e a preços aceitáveis. Sempre naquela minha mania de misturar os serviços, e em meio a um mar de gente que fazia as últimas compras de Natal.
Foi uma Consoada diferente, feliz e tranquila, os cinco reunidos novamente, como não estávamos há cerca de meio ano.



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