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O BENGALEIRO

As recentes obras de downsize e remodelação que se fizeram na sede da empresa da família, foram a desculpa perfeita que encontrei para tornar o espaço com mais cara de casa e ao mesmo tempo usar algumas velharias na decoração. É que eu não sou a única fã do vintage, o meu pai também partilha do meu gosto e até exagera na aquisição de peças, entupindo o espaço com itens amontoados, numa desorganização em que nada consegue se destacar ou brilhar. No amontoado encontrava-se um bengaleiro, peça que caiu em desuso mas que quando tratada com carinho, resgata as linhas de outros tempos e segue abrilhantando o ambiente. A minha missão nas obras de remodelação, foi encontrar o espaço certo para cada objeto e definir-lhes uma função, nem que fosse só decorativa. Foi assim que tendo como ponto de partida um papel de parede revigorante e que nada tem a ver com um espaço de trabalho, o trenó juntou-se ao par de skis e tornou-se expositor de livros, a máquina de costura destacou-se no corredor, as malas de viagem migraram e se empilharam na sala de reuniões e o dito bengaleiro, depois que se despiu do verniz escuro e ganhou novos e modernos cabides, foi receber e saudar os visitantes na entrada. Fico a dever a mesinha de cabeceira que tenho no momento entre mãos e que fará vezes de apoio ao sofá do pequeno espaço de espera. Nas fotos a seguir, além das demais peças já nos seus devidos lugares, verão o bengaleiro tal como se encontra junto à entrada do escritório e também uma pequena produção de como se poderia levar esta peça para casa e torná-la destaque num quarto. Criatividade e irreverência é o que pedem os objetos antigos!

PICNIC RUG

Não é a primeira manta para piquenique que faço. As outras duas, que podem rever aqui e aqui, foram tão bem recebidas e passados estes anos, sei que ainda continuam a uso, que decidi costurar mais uma e leva-la para um bebé em Londres, onde fiz as fotos. Na minha opinião é uma prenda original, que não só acompanha o crescimento da criança como ainda é extensiva ao resto da família que acaba também por disfrutar da manta. Desta vez, inovei no bloco mas insisti no tecido resinado no verso, que permite mais higiene e robustez ao conjunto. Aos olhares mais atentos, talvez não passem despercebidas duas palavras bordadas num dos quadradinhos: amor e hayati (minha vida). Palavras de ternura em português e árabe, a forma que arranjei de homenagear as duas origens da criança. Apesar de eu saber que peças em patchwork são sempre únicas, gosto de torná-las ainda mais exclusivas, personalizando-as. Mantas em patchwork são especiais e só pessoas especiais as podem receber!