É num primeiro andar "a contar vindo do céu", com parede em pedra, vigas aparentes e porta de vidros coloridos, que mora a Zeyna. Do seu país natal, Marrocos, trouxe o colorido dos tapetes, a típica mesa baixa com bandeja de latão, bules e tajines. Mas mais do que isso, e é o que aprecio na casa de um jovem, trouxe a descontracção e a informalidade. Eu diria, a total liberdade de decorar inerente à pouca idade e ao início de vida. Uma falta de constrangimento que resulta em naturalidade: se não há molduras, as fotos vão diretamente para a parede num desenho abstrato; mesa de cabeceira não precisa existir, se há um pequeno tapete que supre as necessidades; e para que fim roupeiros fechados e sisudos se um carrinho expositor de loja os pode substituir? Na pequena cozinha, tudo à vista e à mão de semear para um quotidiano sem cerimónias. E parece que os objetos ganham o seu lugar com espontaneidade, apesar de na sala, uma planta estar estrategicamente colocada sob a luz generosa da janela. E se olharmos por essa janela? mais telhados sob os céus de Paris.
NOTA: as fotos foram tiradas pela minha filha, com o telemóvel (o que explica a pouca qualidade das imagens), num fim de semana que passou chez Zeyna.
NOTA: as fotos foram tiradas pela minha filha, com o telemóvel (o que explica a pouca qualidade das imagens), num fim de semana que passou chez Zeyna.