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TECIDOS COM VIDA

Provavelmente é um velho conhecido vosso, mas o fato é que só há alguns dias, ao entrar numa loja de tecidos para conferir as novidades, é que me chamou a atenção: o tecido digitalizado.
No fundo, é uma imagem ou foto impressa digitalmente num suporte, que resulta num desenho bastante realista e tridimensional.

Pensando bem, já vi em decoração a técnica da digitalização aplicada em diversos materiais e elementos, como azulejos, mosaicos, porcelanas, almofadas, painéis de parede, etecetera, mas não pensei que se pudesse comprar vulgarmente a metro, tecidos com este género de estampa.

A proximidade do aniversário de uma cunhada foi a desculpa que eu precisei para me encantar com a combinação do azul turquesa + elementos vintage sobre um fundo de madeira trompe l´oeil, e testar a minha habilidade na confeção de individuais bem humorados para as refeições do dia a dia.

Já vos devo ter dito que adoro individuais, mais até do que toalhas. Principalmente quando a mesa é bonita e não merece ficar escondida.

UM QUARTO A 6000 KM DE DISTÂNCIA

Há quem tenha uma segunda casa para passar férias. Há quem prefira um resort.
Eu tenho a sorte de ter um quarto. A 6.000 km de distância, na casa do meu pai. É melhor que qualquer hotel 5 estrelas, não só porque durante uns tempos volto a ser mais filha e menos mãe, mas ainda porque sou mimada com os quitutes da (nossa) Jesus.

O quarto nem sempre teve o aspeto que se vê hoje. Há alguns anos, a cama de dimensões exageradas, era um móvel planeado para o espaço, com mesas de cabeceira incluídas (muito anos 80), uma cama extra que saía de baixo, e um armador de rede para caber mais um. A explicação é simples: nós chegávamos lá com um filho, depois com dois e a seguir com três, e o quarto esticava e às tantas transformava-se num verdadeiro kibutz.

Até que o meu pai fez umas reformas, arranjou um quarto para as netas, outro para os rapazes, e felizmente uma oportuna praga do bicho da madeira comeu a minha mega cama dos eighties. Pude finalmente arrumar o quarto do meu jeito!

E fi-lo completamente diferente do quarto que tenho em minha própria casa: eu que convivo TÃO BEM com a cor, conservei as paredes brancas, arranjei moveis rústico e optei por acessórios feitos com materiais da terra.   

COSTUME DA RUA VAI A CASA

Hoje, contrariando o ditado tantas vezes repetido pelos nossos pais quando somos crianças, inauguro oficialmente a rubrica "Por aí".
Já há algum tempo que tenho vontade de postar ideias vistas em locais públicos, e que com uma certa adaptação podem perfeitamente passar para as nossas casas. É questão de se manter a mente aberta, e sobretudo não partir do princípio de que se foi feito num restaurante ou loja, é porque é muito arrojado, pouco funcional ou pode tornar-se cansativo.
A rua é uma grande fonte de inspiração, e observar a criatividade dos outros, ajuda a desenvolver a nossa própria imaginação.

Nos casos seguintes, que fotografei em Berlim, a utilização de materiais existentes, conferindo-lhes uma nova função, resultou numa decoração inteligente e deu uma graça a mais aos espaços.

Abaixo, os tonéis de ferro chamam a atenção pela cor e tamanho XL e marcam a entrada do restaurante. Mas existem barris mais pequenos que encaixam na boa lá em casa. Com uma madeira em cima, transforma-se em mesa, e se acrescentarmos um coxim, está feito o banco. 

Os ultra na moda caixotes de feira, adornam aqui a fachada de um restaurante italiano. A singularidade fica por conta da ardósia, onde se publicita as delícias do dia ( penso eu. Alemãs de plantão, favor confirmar ). A ideia pode facilmente ser transportada para a nossa cozinha.
E por último, engradados de plástico sobrepostos a várias alturas e umas madeiras encaixadas, foi o quanto bastou para compor a esplanada do Café Flamingo. Consigo perfeitamente ver estes engradados como mesa de cabeceira ou de apoio numa casa descontraída, ou como moveis de exterior na varanda.
Basta despirmo-nos de preconceitos e pensarmos fora da caixa.

TAG: 11 COISAS

 
A Pri,do Blog Costuramor,lembrou-se de mim para participar da Tag : 11 coisas,que funciona da seguinte maneira:
1- Dizer 11 coisas aleatórias sobre mim
2- Responder às 11 perguntas elaboradas por quem me indicou
3- Compor 11 novas perguntas e indicar outros 11 blogs
Confesso que o convite da Pri apanhou-me de surpresa e precisei de algum tempo para refletir,mas decidi participar.Afinal,quem não gosta de saber um pouco mais sobre a pessoa que está por trás do blog que visitam.
Deixo-vos então com algumas curiosidades que me caracterizam,as respostas às perguntas da Pri,e com as minhas 11 novas questões.
 
 
1- Pratico corrida,natação ou ginásio todos os dias,e não concebo passar um dia sem fazer exercício.


2- Há mais de 4 anos que uso a bicicleta nas minhas deslocações diárias.Com a bici descobri uma mobilidade incrível e a liberdade de parar onde e quando quero.


3- Estudei sempre em língua francesa,exceto nos 5 anos de faculdade.Portanto adoro a cultura francófona,mas não é por isso que o blog se chama L´Avion Rose.Essa explicação fica para outra vez...


4- Infelizmente detesto fruta e só consigo comer as mais sem graça: maçã e banana.


5- Às sextas feiras,depois do trabalho raramente venho direta para casa:gosto de passear sozinha pela cidade,a pé ou de bicla,e descobrir locais e lojas alternativas.Ou seja,ser turista na minha própria cidade.


6- Não gosto de refrigerantes.Mas aceito uma Coca Cola estupidamente gelada,da qual saboreio somente os 3 primeiros golos.


7- Quando na rua,estou sempre de nariz no ar,a olhar para os prédios antigos e se for de noite,a espreitar as luzes das casas dos outros.


8- Como sou filha de Brasileiros mas nasci e sempre morei em Portugal,falo perfeitamente o português com os dois sotaques,sem os misturar (nada do estilo Roberto Leal).Troco automaticamente consoante o meu interlocutor seja Português ou Brasileiro.E se ralho com os meus filhos,é sempre em "Brasileiro":torna-se mais teatral e garanto-vos que o efeito é maior.Testado e comprovado.


9- Adoro a estética e a música dos anos 50 e queria ter nascido antes para ser  uma jovem naquela época. De preferência nos EUA.E já agora dentro do filme Grease.


10- Não consigo evitar de comprar botões e guardanapos de papel, e gosto de manequins de costura.Tenho-os em vários tamanhos mas falta-me um em tamanho natural. 


11- Um dos meus maiores prazeres é sair de casa cedo quando a cidade ainda está a acordar.






1-Como surgiu a ideia de criar seu blog ?
Lia imensos blogs de decoração sem ser seguidora de nenhum.Mas cansei-me de ver tantas vezes imagens repetidas,tiradas dos blogs e dos pinterests uns dos outros e então achei que poderia fazer um,só com fotos originais.Não seria tão denso em quantidade de posts,nem apresentaria casas e ideias sensacionais, mas pelo menos as imagens são inéditas,e as inspirações vêm da vida real.


2-Qual arteirice te deixou mais orgulhosa?
Gostei imenso de como resultou o banco que encontrei na rua. Principalmente porque não tinha nada planeado para ele e as coisas surgiram naturalmente.


3-Entre os blogs que você lê,qual o seu preferido?
Eu gosto de todos aqueles dos quais sou seguidora,mas há quatro que acho top, pelo conteúdo e pela forma leve e envolvente como escrevem.Gostaria de ter a capacidade de me expressar destas meninas,são eles:Costuramor, Forma:Plural, Dandolinhas e quero ser Vintage!


4-Que outro nome pensou em adotar no seu blog e desistiu?
Pensei em chamar o blog de "Barão de Studart 1080",por ser a morada da minha avó materna,uma casa linda,sempre de portas abertas e com uma escadaria central em madeira de jacanrandá,sensacional.Como o blog fala essencialmente de arquitetura e deco,aquela casa seria uma ilustre representante.


5-O que você faz quando se sente pouco inspirada para criar?
Eu acho que nunca me falta a inspiração.O que acontece é que por vezes estou sem tempo ou cansada e então a preguiça para começar algum projeto fala mais alto.


6-A sua família ou amigos acompanham o seu blog?o que eles acham dele?
A minha família não acompanha regularmente.Na verdade eu aviso-os quando posto alguma coisa que penso que eles poderão gostar de ler.Quanto aos amigos,nunca lhes disse que tenho um blog,portanto não,não acessam.Pelo menos que eu saiba! 


7-Quando você começou o seu blog,pensou em desistir por "falar sozinha" por um tempo?
Felizmente na minha inocência,eu nem sequer tinha noção que falava sozinha.Acho que porque quando comecei o blog,de alguma forma eu tinha claro na minha cabeça que o que eu queria era organizar as minhas fotos e as minhas ideias numa espécie de arquivo vivo.Portanto isto era de mim para mim. Mas lembro de ficar contentíssima quando recebi o 1º comentário de uma pessoa que eu não conhecia,e de ter pensado "como é que ela chegou até aqui?"


8-Você já teve alguma experiência interessante através do blog,que acreditava que não poderia acontecer no mundo virtual?
Já,e a pessoa vai se reconhecer quando ler isto:nós só nos conhecemos virtualmente,essa pessoa teve uma enorme alegria de ordem familiar nos últimos dias,alegria essa que lhe causou uma enorme emoção,e ela dividiu essa experiência comigo de uma forma tão espontânea e tão forte,que quando eu li o comentário dela,consegui imaginá-la à minha frente,partilhei da sua felicidade e me senti abraçada.


9-Quando você não escreve,você fica com saudade do seu blog?
Quando eu não escrevo,eu venho vê-lo,verificar se está tudo certo,se dá para corrigir alguma coisa,limpar outras...Eu não posso estar sempre a escrever senão,canso as pessoas.


10-Qual era a sua impressão de ter um blog,antes de ter um?
Não tinha noção nenhuma de nada.Nem do trabalho que dá postar,nem das amizades que se fazem.Muito menos do alcance que um blog pode ter.


11-O blog mudou algo em sua vida?Conte para nós o quê.
Eu sempre fui observadora,e já gostava de fotografar tudo o que via à minha volta que pudesse ser o ponto de partida para o desenvolvimento de uma ideia interessante.O blog só veio exacerbar ainda mais essa faceta.Hoje é quase impossível eu sair sem a minha máquina fotográfica.Quero sempre registar para partilhar!


Eu vou indicar os seguintes blogs,para se assim o quiserem responder a 11 perguntas para nós. Indico-os porque acompanho-os há mais ou menos tempo,acho que quem está por trás de cada um deles são pessoas que me parecem interessantes mas que gostaria de conhecer melhor:


Koisas da minha casa..e não só







1.Que tipo de blogs prefere ler,genéricos ou mais específicos?
2.O fato de acompanhar bastantes blogs,já de alguma forma influenciou a sua opinião sobre este ou aquele assunto?ou a inspirou,fazendo-a sair da sua zona de conforto?
3.E quanto ao seu blog,o que pensa que quem a segue,espera de si?
4.qual o objeto preferido que tem na sua casa?
5.qual os dois adjetivos que usaria para caracterizar a sua casa?
6.Se com um toque de varinha mágica pudesse alterar/acrescentar alguma coisa em sua casa,o que seria?
7.Que coisa da sua infância a faz sentir saudades?
8.Teve algum ídolo de juventude? artista,cantor,daqueles que nos fazem colar posters no quarto?
9.Quando está muito chateada ou irritada com o mundo,o que faz para melhorar o seu humor?
10.Diz-se que os pequenos gestos fazem a diferença.Diga-nos 2 ou 3 atitudes concretas,que adota no seu dia a dia para colaborar com o meio ambiente.
11.O que a faz rir a bandeiras despegadas?

PARA ALEGRAR O VERÃO BELGA

Quem nunca comprou um tecido só por comprar? Porque achou as cores bonitas,o padrão engraçado.E sem um projeto em mente,inevitavelmente o pano vai parar numa caixa ou gaveta.

E quem é que não guarda as fitas que enfeitam os embrulhos dos presentes e as caixas de chocolates? Sem saber o que fazer delas,correndo o risco de encher ainda mais os armários,mas pode ser que um dia sirvam para adornar outras prendas.

E do nada aparece a inspiração.Sai-se pela casa à procura dos tecidos,das fitas,das linhas e dos restos de outros trabalhos. Com preguiça de ir à rua,ou impondo a si própria o desafio de elaborar algo,apenas com o que se tem à mão.Com uma dose de improviso e a torcer para no final, resultar numa peça pelo menos harmoniosa.

E com medidas que se pensa corretas, ensaiadas numa mesa imaginária, o pano cortado e as fitas aproveitadas, transformam-se num caminho de mesa (ou deveria dizer chemin?) que segue para alegrar o chuvoso verão Belga.