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MISTURAS IMPROVÁVEIS

Confesso que fico nervosa com uma parede vazia:não sei se espete um prego e corra o risco de me arrepender;se o que pretendo pendurar vai encher a parede ou perder-se nela;nem tenho mesmo a certeza se afinal é aquilo que quero definitivamente ver ali.
Enfim,dúvidas existenciais que durante anos levaram-me a ter os quadros pousados nos moveis ou no chão,encostados às paredes,em espera...E garanto-vos:não o façam,isto só funciona em casas de revista.Na prática,acumula pó,os quadros caem para trás dos moveis,baldam-se para a frente,lascam-se as molduras.Um martírio!
Até que cuscando daqui e dali,descobri a ideia(aparentemente nada original,mas nova para mim)de juntar peças diversas numa só parede,e isso agradou-me!
Ensaiei no chão uma mistura que combinasse,passei a composição para a parede,e experimentei uma total liberdade que me possibilita inclusive acrescentar mais tarde alguma coisa nova.
E aqui estão,objetos colocados em molduras,pinturas originais de Fabesco,Albino Moura e da ilustradora Evelina Oliveira,lado a lado com fotos de família,desenho do filho,pratos,gravuras,cabide antigo,etecetera,etecetera...
Mistura do moderno com o antigo,do barato com o caro.Coisas que comprei,herdei,ofereceram-me ou encontrei por aí,numa combinação improvável!
                           


2 comentários:

  1. Achei o post e continuo fã! Acho que o ponto que eu mais gosto nessa solução é justamente a libertade de acrescentar novas peças com o passar do tempo. Morando no telhado me faltam paredes retas pra poder fazer este tipo de coisa...também fico nervosa com uma parede vazia! Aiai...

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  2. Ah, encontrei o post de que a Val me falou! E como gostei! Tem um toque pessoalíssimo e original: não pode haver, em todo o planeta, uma parede igual à sua! :)
    Um beijinho

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